Meira Coelho | Os “patos bravos” voltam à política sintrense

Os recentes desenvolvimentos em torno dos terrenos para a construção da Unidade Hospitalar de Sintra, com o súbito e surpreendente recuo dos responsáveis da empresa que deveria passar os referidos terrenos para o domínio privado municipal, sem apresentar razões válidas para o fazerem e depois de terem concordado, lembra a velha forma de fazer política autárquica em Sintra onde os interesses de poucos se sobrepunham ao interesse da comunidade.

A verdade é que os terrenos para a construção da Unidade Hospitalar de Sintra estavam já destinados a entrarem no domínio municipal como espaços verdes. O que estava em causa era a alteração dos alvarás, passando de espaços verdes para equipamentos, e a respectiva integração dos mesmos no domínio privado municipal. Esta alteração valoriza a urbanização em causa, serve o interesse da população e contribui de forma clara para melhorar a prestação de cuidados de saúde em Sintra.

O recuo súbito dos empreiteiros, depois de concordarem com o novo destino a dar aos referidos terrenos, afirmando que o fizeram sob pressão, apresenta-se como uma acusação grave, que incorre em processo-crime, por não ser verdadeira, e cuja investigação deverá ser entrega às autoridades competentes.

Sendo a Unidade Hospitalar de Sintra um equipamento de enorme necessidade para a população do Concelho de Sintra que há muito anseia pela sua construção, era de esperar que esta deveria ser uma obra geradora de consenso entre todas as forças políticas presentes nos órgãos municipais.

Contudo, desde a primeira hora, o candidato à Câmara de Sintra indicado pelo PSD, Marco Almeida, sempre se colocou numa posição contrária. Em reunião de câmara de 6 de Janeiro último, foram a única força política que não votou favoravelmente a proposta de cedência dos terrenos para a construção da Unidade Hospitalar de Sintra. Mais, na Assembleia Municipal têm exercido um incompreensível e constante combate à realização deste equipamento.

Perante estes factos, e certo de que a Unidade Hospitalar que os sintrenses tanto necessitam será concretizada, acredito que a população de Sintra não pode deixar de repudiar as atitudes acima mencionadas que visam, na sua essência, travar a urgente concretização da obra.

Tenho a profunda convicção que o executivo municipal, liderado por Basílio Horta, saberá ultrapassar todos estes obstáculos e concretizará com toda a celeridade a Unidade Hospitalar de Sintra, tão sonhada e desejada por todos os sintrenses.

Meira Coelho, deputado da Assembleia Municipal de Sintra eleito pelo PS