Festival de Sintra apresentado no Palácio Nacional de Queluz

Apresentação do Festival de Musica de Sintra No Palácio de Queluz

Foi apresentado ao final da manhã desta terça-feira, no Palácio Nacional de Queluz, a 58.ª edição do Festival de Sintra, que está de volta com um cartaz fiel ao seu cunho de excelência e ecletismo.

“A qualidade dos artistas sempre foi um marco na história dos festivais de música de Sintra, mas creio que se vai mais longe este ano, com um cartaz tão diversificado, que conseguiu abrir as portas a novos públicos e novos formatos”, disse na ocasião Basílio Horta, presidente da autarquia, sublinhando que “este é um grande festival, feito de qualidade, de surpresa, de descentralização, um festival de nível nacional e internacional que alia vários públicos, e acima de tudo um festival acessível ao grande público”.

Para o diretor artístico do Festival de Sintra, Martim Sousa Tavares “esta é mais uma belíssima edição do mais antigo e histórico festival de música do país. O festival mantém este ano o formato dos 10 dias, com 22 eventos, dos quais oito são gratuitos, com horários que vão das cinco da manhã à meia noite com formatos únicos, onde voltam a cruzar-se a ópera, o cinema, a oferta para famílias, as conversas e a música nos mais diversos estilos”.

Solistas de renome

Este ano, solistas de renome internacional voltam a pisar os palcos de Sintra em concertos a solo, de música de câmara ou com orquestra, numa programação que mantém a aposta no talento nacional e emergente e que vai decorrer de 13 a 23 de junho.

Os formatos distintivos continuam presentes nesta edição, numa aposta ainda mais forte, e o público que descobriu o gosto pelas caminhadas-concerto, pelo concerto ao nascer do sol ou pelo duelo de pianistas, é agora convidado a não perder também um concerto nas trevas e outro à meia-noite sob a luz da lua cheia.

Para a abertura da 58ª edição do Festival de Sintra, o aclamado Quarteto Modigliani apresenta um concerto único, dedicado ao espírito italiano e será uma ode ao pôr do sol, no Palácio de Monserrate.

Caminhada-Concerto

No dia 15 junho, haverá uma Caminhada-Concerto – “Um piano a dar para o mar”- com Tomás Wallenstein, onde o público partirá do centro histórico da Vila de Sintra, num percurso entre o património secular e as paisagens saloias, até chegar aos jardins da Quinta Mont Fleuri, onde um piano de cauda com vista para o infinito aguarda a chegada de Tomás Wallenstein, para um concerto onde dará a ouvir uma seleção de temas do seu cancioneiro de toda a vida.

Um dos exclusivos do Festival de Sintra, é o Duelo de Pianistas que regressa este ano, com Fabrice Eulry e Pierre-Yves Plat, no dia 19 de junho, pelas 21h00, no Palácio Nacional de Sintra. Desta vez, defrontam-se dois destacados solistas franceses, famosos pela sua verve e espírito camaleónico ao piano, cujo domínio vai de Chopin ao boogie-woogie ou vice-versa. O público poderá esperar todo o tipo de picardias e desafios musicais, virtuosismo desabrido, citações e paráfrases melódicas, assim como repertório tão conhecido como inesperado.

Porque há histórias que são intemporais, o Festival de Sintra propõe um espetáculo para famílias, um dos mais amados títulos infantis de Sophia de Mello Breyner Andresen, numa leitura encenada com a música de Eurico Carrapatoso e as ilustrações de Mariana, a Miserável, no dia 22 de junho, pelas 11h30, no Centro Cultural Olga Cadaval.