“Quando na noite de 24 de abril de 1974, as tropas avançaram para a conquista da liberdade em Portugal, tinham em mente que um estado decadente, sem rumo, que obrigava os jovens a participar numa guerra colonial que não lhes dizia nada, que dividia famílias e colocava em causa a vida de um País, tinha de mudar de rumo.
Este movimento, veio trazer profundas alterações na nossa sociedade, permitindo a liberdade de expressão e sobretudo a democracia, o poder nas mãos do povo. A democracia baseada na liberdade, deve ter regras, que não afete o normal desempenho e modo de vida das pessoas, respeitando a sua igualdade e dignidade.
As conquistas de Abril, têm permitido que Portugal e os portugueses, tenham paz, apoio social, educação e um sistema público de saúde, garante de um modo de vida, hoje nitidamente, mais focado com a promoção pessoal e menos com a promoção da comunidade.
Estes novos tempos, após 50 anos da revolução dos cravos, são consequentes dos efeitos da evolução de Portugal, e sobretudo do mundo, a que estamos expostos.
Há que ter de novo presente as capacidades do “povo unido”, condição necessária para garantir a continuidade da liberdade e da democracia conquistada em Abril de 1974, e ninguém deve ignorar o seu valor nesta construção permanente.”
Rui Maximiano