PAN aposta no “reforço” da sua posição em Sintra

Cristina Rodrigues

O PAN – Pessoas-Animais-Natureza que concorre pela segunda vez, com listas próprias, à Câmara e Assembleia Municipal de Sintra, tem como objetivo nas eleições de autárquicas de 1 de outubro, “conseguir uma representação local”, mas também evitar “maiorias absolutas” por considerar que “não beneficiam a democracia e reforçam a elevada abstenção”.

“Esta candidatura pretende trazer aos Sintrenses a oportunidade de participar ativamente na mudança para um novo paradigma social, cultural e económico trazendo para a autarquia o rigor, a transparência e a transversalidade”, sublinha o partido em nota enviada ao SINTRA NOTÍCIAS.

A “melhoria da rede de transportes, pela sua reconversão em energias renováveis e garantir a acessibilidade a todos os cidadãos”, e a criação de espaços verdes multidisciplinares, “que deem respostas concretas às necessidades e interesses dos vários cidadãos, seja o exercício físico, dar um passeio com o seu animal de estimação ou ter uma horta urbana no concelho”, são outros objectivos do partido.

A candidatura irá também propor a “implementação de uma Linha de Emergência para animais errantes e acidentados, disponível 24 horas, com serviço de ambulância” e “assegurar que as pessoas em situação de especial vulnerabilidade socioeconómica que não tenham capacidade para assegurar aos seus animais de companhia os cuidados básicos de saúde”, desta o PAN ao SINTRA NOTÍCIAS.

Políticas sociais

O “combate ao isolamento dos idosos e idosas no concelho, reforçando políticas preventivas e de proximidade” é outra das prioridades do partido, que defende a criação de um “serviço de apoio ao domicílio a pessoas idosas em situação de carência, por forma a assegurar a satisfação das suas necessidades básicas”, destaca a candidata, à Câmara de Sintra, Cristina Rodrigues.

“Portugal tem uma população bastante envelhecida e Sintra não foge a essa regra. Queremos por isso, fazer aqui a diferença, sabendo que o envelhecimento é acompanhado de um isolamento social e que município não tem respondido a esta problemática, é nosso dever promover ações que aproximem os cidadãos, que lhes confiram a dignidade que efetivamente têm, que os ajudem nas necessidades diárias”, conclui.

Representação municipal

Contudo para a concretização destas e de outras propostas, o PAN considera “fundamental eleger, pelo menos, um deputado municipal”, acreditando que “para o melhor exercício da democracia local não deverá haver maiorias absolutas. Este fator implica a procura de um pacto de governação entre todos os partidos que priorize e integre o máximo de visões políticas, sociais e económicas”, explica Cistina Rodrigues.

A candidata manifesta ainda preocupação com a “taxa de abstenção verificada nas últimas autárquicas em Sintra, de 60%, mostra que há um profundo descontentamento com as atuais políticas e partidos do sistema. O PAN deseja contribuir para a dinamização deste pacto social e para a redução da abstenção no concelho. Quando apenas 40% dos Sintrenses votam, algo está profundamente errado com a política local”, chama a atenção Cristina Rodrigues.​

Recorde-se que a candidatura à Assembleia Municipal será encabeçada por Camilo Soveral e à Câmara Municipal por Cristina Rodrigues, atual Chefe de Gabinete do deputado único representando do PAN, André Silva, na Assembleia da República.