Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra

Autarcas e autoridades de transporte fizeram esta segunda e terça-feira, um balanço “muito positivo” do passe navegante metropolitano, cinco anos após a sua criação, mas sinalizam alguns desafios, como a descentralização do transporte fluvial e o aumento das vias dedicadas aos transportes públicos.

O Palácio Nacional de Queluz, em Sintra, foi palco para as Jornadas navegante® que assinalam os cinco anos de mobilidade metropolitana, com a entrada em vigor do novo sistema tarifário na Área Metropolitana de Lisboa, o navegante®.

Sob a premissa de “5 anos de navegante, 5 anos de políticas públicas de transporte coletivo”, as Jornadas navegante® visaram promover o debate e a reflexão sobre mobilidade à escala metropolitana e nacional.

As Jornadas navegante® iniciaram com a realização da Reunião Ordinária do Conselho Metropolitano de Lisboa, órgão deliberativo da Área Metropolitana de Lisboa, constituído pelos presidentes das câmaras municipais dos 18 municípios da AML, que foi o pontapé de saída para o evento que aconteceu nos dias 1 e 2 de abril.

No primeiro dia, a sessão de abertura contou com as intervenções de Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra, Carla Tavares Presidente  do  Conselho  Metropolitano de Lisboa e o Presidente da TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa, Faustino Gomes, inseridas no tema r(evolução) e transformação.

Carla Tavares, presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa e da Câmara Municipal da Amadora

“Cinco anos volvidos, podemos afirmar que há um antes e um depois do dia 01 de abril de 2019. Um antes com uma complexa diversidade de títulos de transportes, muitos deles muito dispendiosos. Um depois que com o passe único veio simplificar e permitir o acesso a todos os operadores da Área Metropolitana de Lisboa”, refere Carla Tavares, presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa e da Câmara Municipal da Amadora.

Para Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra, “o navegante® é uma política essencial ao nível da mobilidade sustentável e social, considerando que a criação de um passe único “foi das políticas sociais mais bem conseguidas depois do 25 de Abril”.

“Sintra considerou desde o primeiro dia a essencialidade desta política. Por isso, fizemos um investimento grande no Navegante. É grande porque nós também somos o maior cliente do Navegante”, sublinhou o autarca, indicando que o município investiu entre 2019 e 2023 cerca de 21,5 milhões de euros nesta medida.

As conferências, abertas ao público em geral, deram lugar à reflexão e debate com o objetivo de recolher contributos relevantes para uma mobilidade mais sustentável na Área Metropolitana de Lisboa. Contaram com a participação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), as câmaras municipais de Sintra, Oeiras e Braga, a Carris, a Fertagus, o Metro de Lisboa, Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e a Infraestruturas de Portugal (IP), mas também a Área Metropolitana do Porto, as comunidades intermunicipais do Oeste e Lezíria do Tejo e Algarve, o Metro do Porto ou o Metro Mondego.

Recorde-se, em 2019, o navegante® trouxe a simplificação do sistema tarifário, a redução do custo do passe mensal, o alargamento da sua abrangência geográfica, mais mobilidade e mais pessoas ao transporte público.

A implementação desta medida contribuiu para a melhoria qualidade de vida e da mobilidade das populações, e só foi possível devido à prioridade política assumida na 1.ª Cimeira das Áreas Metropolitanas e ao empenho do Governo, autarcas e serviços dos respetivos municípios.