Marco Almeida deverá ser o próximo candidato do PSD à presidência da Câmara de Sintra, nas próximas eleições autárquicas. “O assunto está praticamente resolvido” admitiu à revista SÁBADO”, fonte do partido “laranja”. Expulso do partido em 2014 por ter avançado com uma candidatura alternativa à do PSD, Marco Almeida parece ser cada vez mais, o candidato mais desejado pelo PSD à Câmara se Sintra, dúvida que deverá ser esclarecida, pelo próprio, ainda no decorrer deste mês.

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“O presidente da distrital de Lisboa [Miguel Pinto Luz] tem tido um empenhamento extraordinário nesta aproximação para que haja um acordo e também a aprofundar a relação comigo”
O independente Marco Almeida está muito perto de garantir o apoio do PSD para a corrida do próximo ano à presidência da Câmara Municipal de Sintra. Expulso do partido em 2014 por ter avançado com uma candidatura alternativa à do PSD um ano antes, o antigo vice-presidente de Fernando Seara recolhe agora a preferência dos sociais-democratas. Fonte próxima da direcção de Pedro Passos Coelho garante mesmo à SÁBADO que o assunto está praticamente resolvido.

Segundo apurou a SÁBADO, Marco Almeida tem-se desdobrado em contactos com diversas forças partidárias (ao nível local e distrital), nomeadamente o PSD, o CDS, o Partido da Terra (MPT) e o Nós, Cidadãos! (NC) e tenciona fazer o pré-anúncio de candidatura à autarquia actualmente presidida por Basílio Horta no final de Setembro.

Por isso, as conversações com os sociais-democratas – que o afastaram do partido por ter desafiado a escolha da direcção nacional, que recaiu sobre o deputado Pedro Pinto, à data vice-presidente de Passos – são mesmo as que estão mais adiantadas.

“Noto uma diferença substancial dessa altura para agora mas, às tantas, a responsabilidade é de todas as partes. O passado está arrumado, não é por ele que vamos comprometer o futuro”

À SÁBADO, o ex-militante “laranja” mostra algumas cautelas mas afirma que nesta fase está a “alargar a base de apoio à candidatura” do movimento independente Sintrenses com Marco Almeida “quer junto de partidos, de movimentos cívicos e de outras personalidades”. E lança já elogios ao PSD e ao homem que tem tratado da articulação partido-candidato:

Mesmo quando convidado a fazer um recuo ao que correu mal em 2013 – num processo que ditou igualmente a expulsão do fundador do PSD António Capucho -, Marco Almeida procura enterrar os machados de guerra.

“Noto uma diferença substancial dessa altura para agora mas, às tantas, a responsabilidade é de todas as partes. O passado está arrumado, não é por ele que vamos comprometer o futuro”, assegura o vereador, que há três anos obteve 25,42% das preferências dos sintrenses, elegendo quatro vereadores, quase o dobro do alcançado por Pedro Pinto (13,79%). Já o candidato socialista e actual líder do executivo camarário, Basílio Horta, conseguiu 26,83% dos votos.