Para assinalar o mês de luta contra o cancro do pulmão, a Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão preparou uma ação de rua muito especial.

No próximo dia 06 de novembro, convida a população a integrar a “equipa do rastreio” em emocionantes partidas de matraquilhos contra o cancro do pulmão. Bastante “instagramável”, a Arena Pulmonale espera-o entre as 13h00 e as 17h00, junto à Fonte Luminosa da Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa.

O desafio da Pulmonale é simples: disputar uma partida de matraquilhos em representação da equipa do rastreio, contra a equipa do cancro do pulmão. Vence o melhor – os convidados! – ao som de um emocionante (e pouco isento) relato, bem ao estilo de um jogo de futebol.

Terminada a partida, a equipa vencedora será desafiada a tirar algumas fotos no mural #EuQuerooRastreio, onde se podem ler frases como “Obrigado por jogares na equipa do rastreio”, “Continua a apoiar esta causa” ou “Um dia, o rastreio do cancro do pulmão vai ser uma realidade em Portugal”, e convidada a partilhar os resultados nas suas redes sociais.

Na Europa, como em Portugal, o cancro do pulmão é o cancro que mais mata. Os números são reveladores: em 2020, foram diagnosticados 5415 portugueses com cancro do pulmão. No mesmo ano, morreram 4797 pessoas com este diagnóstico. Uma realidade que equivale a 15 diagnósticos e 13 mortes diários.

Porquê implementar um rastreio do cancro do pulmão?

São vários os estudos que demonstram os benefícios do rastreio do cancro do pulmão: o aumento do diagnóstico precoce tem como consequência direta a redução da mortalidade.

Iniciado em 2003, o estudo NELSON, o maior estudo a nível europeu, demonstrou claramente os benefícios e segurança do uso de exames de Tomografia Computorizada (“TAC”) de baixa-dose no rastreio de cancro do pulmão, tendo verificado uma redução de 24% do risco de morte pela patologia.

Baseada na robusta evidência científica, a Comissão Europeia atualizou em 2022 as suas recomendações de rastreios de doença oncológica, passando a recomendar o rastreio do cancro do pulmão com “TAC” torácica de baixa dose a fumadores ou ex-fumadores com uma elevada carga tabágica. De acordo com os critérios do estudo Nelson, o rastreio deveria ser proposto entre os 50 anos e os 75 anos.