Morreu João “Johnson” Semedo Tavares, fundador da organização Academia do Johnson que acompanhava crianças e jovens oriundos de meios familiares e sociais fragilizados, essencialmente através da prática desportiva.

“Quiseram os mistérios da vida que na madrugada de hoje o nosso querido Jonhson tenha deixado de estar entre nós”, informou a Academia do Johnson em comunicado partilhado no Facebook.

“A tristeza que sentimos tem de dar lugar à força, à esperança e ao amor, que ele sempre partilhou entre nós. Este é o momento de darmos as mãos e de darmos o melhor de todos nós, para que a Academia possa continuar no coração do Johnson e ele saber que somos capazes de continuar o seu sonho, em prol das nossas crianças, dos nossos jovens, dos nossos idosos e famílias. Como diria o Jonhson, Somos Aquilo Que Fazemos’!”, pode ler-se.

Nascido na Cova da Moura, na Amadora, João Semedo foi inspirador para centenas de crianças e jovens, que há anos apoiava através de atividades desportivas e sociais. O seu trabalho social partiu da própria experiência de vida, assumiu a sua passagem pela prisão e fez disso uma lição, que procurou transmitir.

Johnson, que foi jogador e treinador de futsal, fez palestras em que contava o seu percurso, defendendo que o crime não compensa e que o futuro passa pela educação e pelo desporto.

A Academia do Johnson, criada por João Semedo, ex-recluso tornado ativista pela inclusão, é uma organização localizada no Bairro do Zambujal, na Amadora, que tem como objetivo “a promoção do desenvolvimento humano e bem-estar, através do acompanhamento personalizado a crianças e jovens oriundos de meios familiares e sociais fragilizados, bem como às suas famílias”.

A Camara Municipal da Amadora já manifestou “sentidos pêsames à família enlutada, aos seus filhos, amigos e a todos os que, ao longo da sua vida dedicada à inclusão através do desporto, tiveram oportunidade de com ele privar e partilhar ideias. Aos mais jovens, que viam no Johnson o seu mentor, um abraço solidário e recordarmos a sua mensagem: ‘Somos o que fazemos’”, pode ler-se.

[Em atualização]