“Temos que financiar a divida histórica porque o Estado, no passado, não pagava serviço à CP no território, mas impunha que o prestasse”, notou Pedro Nuno Santos, durante a sessão de lançamento do Plano Ferroviário Nacional (PFN).
Admitindo que o “Estado não fazia a sua parte”, o governante lembrou que, no sentido oposto, eram celebrados contratos de concessão com operadores privados, que permitiam às respetivas empresas ter uma “operação equilibrada ou rentável”.
O ministro das Infraestruturas considerou ainda ser “difícil” compreender a “inteligência nacional” que levou a que o país deixasse de investir em ferrovia.
“Finalmente voltou-se a falar de ferrovia como ela deve ser falada. Quando pensamos nas razões pelas quais precisamos de investir na ferrovia, é difícil compreender a inteligência nacional que levou a que tivéssemos deixado de investir na ferrovia”, afirmou Pedro Nuno Santos, na sessão de lançamento do Pano Ferroviário Nacional.

(…)“Por dia, antes da pandemia, chegávamos a transportar 200 mil passageiros na linha de Sintra, com as limitações da linha” [Pedro Nuno Santos]
Garantindo não atribuir a culpa do desinvestimento a um único partido, o governante apontou que o país tem um “problema crónico”, que passa pela dependência de importações, sendo o principal componente os “combustíveis fósseis”.
Neste sentido, disse não compreender como é que ainda hoje o país não tem a ferrovia eletrificada. Por sua vez, do ponto de vista ambiental, conforme destacou, este é o meio de transporte que mais respeita o ambiente.
“Por dia, antes da pandemia, chegávamos a transportar 200 mil passageiros na linha de Sintra, com as limitações da linha”, exemplificou, notando que se estas pessoas trocarem o comboio por um automóvel o custo é “abismal”.