A exposição de pintura Algures, Talvez… de Joaquim S. Marques

A exposição permite ao visitante o contacto com as paisagens em busca do potencial lugar no espaço-tempo que nos rodeia e que se espelha nos nossos sonhos. Nos sonhos as paisagens transformam-se e atingem um outro estado de ser.

As suas aguarelas convidam à contemplação, evocando um imaginário onírico que, por vezes, remete a uma estética oriental. O artista trabalha preferencialmente sobre papéis de grande formato deitados no chão, usando esfregona e espanador para colocar água e tinta.

O pintor vê na aguarela a imprevisibilidade e a aleatoriedade da água como geradora de memórias fictícias de paisagens. Com o passar do tempo, as memórias tendem a esvanecer. É nesse momento de transformação, quando a nitidez das lembranças se perde irremediavelmente, que elas adquirem uma nova qualidade.

Joaquim S. Marques
Vive e trabalha em Lisboa. Fez a sua formação na Escola de Artes e Design de Offenbach e na Escola de Belas Artes de Frankfurt, onde concluiu o Curso de Artes Visuais em 1995. Foi bolseiro da Fundação Johannes Mosbach em 1994 e do programa DAAD em 1998. Nesse mesmo ano fixou residência em Portugal. Em 2001/2002 fez um Projeto Individual de Pintura no Ar.CO, em Lisboa. Entre 2013 e 2016 realizou vários projetos artísticos no Brasil. Foi residente na MArt em Lisboa em 2017. Selecionado para a 12ª edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso em 2020, Amarante. Participa desde 1994 em exposições nacionais e internacionais. Está representado em várias coleções particulares e institucionais.