Basílio Horta, relembrou que o mês de janeiro foi uma “catástrofe”, considerando que a descida do números de novas infeções não pode levar a que se comece “a embandeirar em arco”.
“Discordo inteiramente do desconfinamento agora e que seja feito de uma forma apressada e não planeada. Será verdadeiramente criminoso se isso acontecer. O desconfinamento tem de ser feito de forma planeada e consistente”, refere o presidente da Câmara de Sintra, acrescentando que “não podemos repetir o erro do Natal. A nossa economia não resiste, a nossa sociedade não resiste e entraremos num túnel sem saída”, alertou, em declarações à Lusa.
O autarca, disse ainda não ter dúvidas de que “a aposta deve ser no sentido de reforçar o processo de vacinação em curso, aproveitando o bom momento” de baixa de contágios.
“Estamos à espera que cheguem as vacinas da Europa, mas em Sintra temos cinco pontos de vacinação e queremos aí vacinar 25 mil pessoas. Nesta altura, as atenções devem estar na vacinação e num desconfinamento planeado”, reforçou Basílio Horta.
Regresso às aulas
Questionado sobre a possibilidade de o desconfinamento começar pelo regresso às aulas presenciais dos alunos até aos 12 anos, o presidente da Câmara de Sintra, considera que “o plano tem de ser visto no todo e não de forma desgarrada”.
Contudo, “só quando vir o plano todo posso dizer mais, mas tem de ser um plano fundamentado. Acho bem que se desconfine, mas é preciso definir em que condições e com que precauções. Diria que é necessária prudência e competência”, acrescentou Basílio Horta.
Desde o início da pandemia, o concelho de Sintra registou 33.772 pessoas infetadas por covid-19, tendo neste momento 4.226 casos ativos.
Segundo dados da autarquia, em janeiro foram infetados mais de 14 mil munícipes, mas nos últimos sete dias o número de novos casos é de 742, numa média de 106 casos por dia.
Sintra Notícias com Lusa
