O primeiro-ministro anunciou hoje as medidas de confinamento geral, ao abrigo do projeto de decreto presidencial de estado de emergência, que deverão estar em vigor durante um mês, de forma a travar a pandemia de covid-19 em Portugal, após o aumento de casos nos últimos dias.
António Costa, realçou, no início da sua intervenção, que este é um momento em que “temos de nos unir para travar a pandemia”. O primeiro-Ministro diz que é necessário “regressar ao dever de recolhimento obrigatório como tivemos em março e abril”, que vai entrar em vigor às 00h00 de 15 de janeiro. “Temos de ficar em casa. Essa é a regressa essencial”, disse.
(…) “A vida não tem preço e o preço que estamos a passar com esta pandemia é insuportável” [António Costa]
António Costa lembrou que, quando foi anunciado o primeiro desconfinamento, alertou os portugueses que não teria “rebuço nem vergonha de voltar atrás, se e quando fosse necessário”. Hoje, em janeiro de 2021, “aqui estou a dar a cara, sem rebuço nem vergonha, a voltarmos onde estávamos em abril passado. São as circunstâncias que o impõem”.
As restrições serão reavaliadas, mas o horizonte é de um mês
- Dever de permanecer em casa, salvo deslocações autorizadas;
- Estabelecimentos de ensino abertos, em regime presencial
- Comércio e serviços: encerrado, salvo os estabelecimentos autorizados
- Restaurantes e cafés: só take-away ou entrega ao domicílio
- Mercearias e supermercados abertos (lotação limitada a 5 pessoas por 100 metros quadrados);
- Consultórios, dentistas e farmácias abertos
- Serviços públicos vão funcionar mediante marcação prévia
- Cabeleireiros e barbearias, encerrados
- Teletrabalho é obrigatório, sempre que possível
- Cultura: Estabelecimentos culturais encerrados
- Ginásios e outros recintos desportivos encerrados
- Permitido exercício individual ao ar livre
- Seleções nacionais e 1ª divisão sénior sem público
- Todos os eventos estão proibidos, salvo eventos de campanha eleitoral e celebrações religiosas
- Tribunais abertos
António Costa diz que não haverá restrições para negócios essenciais que estiveram abertos durante o confinamento de março e abril. O primeiro-ministro afirma que estas restrições serão reavaliadas, mas o horizonte é de um mês.
[notícia atualizada, 20h04]
Recolhimento obrigatório a partir de sexta-feira, dia 15 de janeiro, a partir das 00h00. Volta a vigorar em Portugal o dever do recolher domiciliário.
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Conferência de Imprensa
– António Costa, primeiro-Ministro
“Estamos no momento mais perigoso”, António Costa
“Temos de regressar ao dever de recolhimento domiciliário tal como tivemos em março e abril quando travámos com sucesso a primeira vaga. A regra é ficar em casa”, António Costa
“Temos de assumir a responsabilidade solidária de travar em conjunto esta pandemia. Não há cansaço que nos permita assumir esta dor coletiva de continuarmos a ter mais de uma centena de mortos por dia. Não é aceitável. A mensagem fundamental das medidas que apresentamos hoje”, António Costa
“Não nos deixemos distrair pelas exceções”, António Costa