O município de Sintra tem como principal prioridade um desenvolvimento inclusivo que melhore a vida dos cidadãos, independentemente da sua origem.

Basílio Horta revelou em Malta, no encontro europeu da rede de integração e migração, que o município, “com diferentes mecanismos que vão desde o desenvolvimento sustentável à segurança”, tem como principal objetivo, “promover a justiça social para todos os nossos habitantes”.

O presidente da Câmara Municipal lembrou que Sintra “tem um número significativo de migrantes, um dos maiores em Portugal, com mais de 34 mil”. “O nosso principal objetivo é o de proporcionar uma boa recepção e boas condições de integração para aqueles que chegam” revelou o autarca.

O Plano Municipal de Recepção e Integração de Migrantes, uma estrutura abrangente em parceria com organizações da sociedade civil e com pessoas recém-chegadas, foi um dos instrumentos destacados por Basílio Horta. Segundo o autarca, este plano permite “criar políticas transversais e projetos que fomentem a criação de condições para que os migrantes se tornem numa parte ativa da nossa sociedade”.

A promoção do “emprego, da educação, da saúde e da inclusão social” são os quatros pilares da estratégia municipal nesta área.

O Observatório das Migrações de Sintra, com o objetivo de identificar os principais problemas vividos por aquelas comunidades, e a criação dos quatro centros locais de apoio à integração de migrantes, dois do município e outros dois que pertencem à associação “Olho Vivo”, foram destacados por Basílio Horta.

O município tem também apostado no ensino da língua e da cultura, e a integração na “Fábrica de Empreendedorismo” de forma a garantir a oferta de formação, promovendo a empregabilidade e o apoio técnico para a criação de microempresas.

O presidente da Câmara Municipal de Sintra sublinhou ainda a importância das parcerias desenvolvidas com associações locais. “Associações de migrantes que trabalham lado a lado com o nosso município, como a Fundação Aga Khan e associações islâmicas, com quem trabalhamos diariamente para criar projetos que permitam e acelerem a integração de pessoas recém-chegadas, considerando especialmente a educação e o mercado de trabalho”, defendeu o autarca.

“As pessoas recém-chegadas ajudam-nos a combater o problema do envelhecimento, que se sente em toda a nossa sociedade, e mais importante que tudo, contribuem para um futuro de progresso e prosperidade económica”, sublinhou Basílio Horta, lembrando ainda que “as políticas de integração social reduzem a violência e demais problemas de segurança”.

O autarca lembrou que “as cidades recebem a maioria dos imigrantes” e que elas representam “um mar de oportunidades e são um espaço onde migrantes e não migrantes interagem diariamente e contribuem de forma ativa para o desenvolvimento das sociedades”.

Basílio Horta aproveitou a oportunidade que se congratular com o facto da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, já ter expressado a sua vontade de manter a migração como uma prioridade na sua agenda. “As autoridades locais precisam de assegurar que esta abordagem, mais do que uma matéria de segurança, procura garantir a dignidade humana, devendo ser tratada dessa forma”, defendeu o autarca.