Segundo o cardeal, as pessoas estão familiarizadas com “as vozes de pastores terrenos, de cantores, de estrelas de cinema, de publicitários, de políticos”, questionando se as pessoas estão assim tão familiarizadas com “a voz de Jesus”.
“Depositamos a nossa confiança nos pastores deste mundo, na sua proteção, mas muitos destes pastores abandonam-nos quando os seus interesses pessoais e as suas vidas são postos em causa”, criticou o cardeal de Manila, capital das Filipinas, o único país asiático onde a maioria da população é católica.
Durante a homilia, Luis Antonio Tagle notou que a sociedade ignora a presença e “a voz de Jesus”, optando por preferir “a proteção da riqueza, das armas, do poder e da glória terrestre”.
A escolha de Luis Antonio Tagle para presidir à celebração é apresentada como um sinal de atenção do Santuário de Fátima à Ásia.
Em 2018, o bispo emérito de Hong Kong presidiu à peregrinação de maio e o bispo de Hiroshima à de outubro. Este ano, em outubro, será também um cardeal asiático a presidir, o arcebispo de Seul, capital da Coreia do Sul.
As cerimónias no santuário no domingo incluíram ainda a procissão das velas. A peregrinação termina esta segunda-feira, com missa, bênção dos doentes e procissão do adeus.
- Fotografia: DR João Marques Valentim
Fotojornalista