A Serra de Sintra esteve na iminência de ficar sem dois postos de vigilância no dia anterior ao incêndio deste sábado.

Um conjunto de postos de vigia florestal, assegurado por autoridades nacionais, fazem parte do sistema de prevenção em vigor há vários meses na Serra de Sintra. Em funcionamento 24 horas por dia, os três postos são um dos principais instrumentos do sistema de prevenção da Serra classificada pela UNESCO com Paisagem Natural da Humanidade.

No entanto, na passada quarta-feira, a informação que chegou à Proteção Civil de Sintra era clara: A partir do dia 5 de outubro, sexta-feira, dois postos de vigilância deixavam de estar operacionais. Os contratos de trabalho de quem assegurava a vigilância nestes postos terminavam a 15 de outubro. A necessidade de garantir 10 dias de férias implicava o fim da vigilância dia 5.

Fonte da autarquia sintrense revelou ao SINTRA NOTÍCIAS que, “a possibilidade da Serra de Sintra ficar sem estes dois postos de vigilância era impensável”. Mas apesar da disponibilidade da autarquia para prolongar os contratos de trabalho, ou de proceder ao pagamento das férias, “a verdade é que a situação não se alterava”.

O presidente da Câmara Municipal de Sintra acabou por, nesse mesmo dia, falar com a secretária de Estado da Administração Interna sobre o perigo que significaria a ausência desta vigilância. Isabel Oneto foi sensível aos alertas de Basílio Horta e, nesse mesmo dia, foi assegurado o funcionamento dos dois postos de vigia até ao final deste mês.

No sábado um dos primeiros alertas do início do fogo chegou através do posto de vigilância de Alcoitão, um dos previstos para deixar de funcionar no dia anterior.

 

Foto: Parques de Sintra | Imagem: Wilson Pereira