A Escola de Reanimação do Hospital Amadora-Sintra, o Movimento Salvar + Vidas e a Câmara de Sintra, juntaram esta manhã, no campo de futebol de futebol do Grupo Desportivo de Rio de Mouro, Rinchoa e Mercês, jovens das escolas no âmbito do projeto 3C’s do Movimento Cívico, Salvar + Vidas.

Cerca de mil alunos treinaram juntos numa aula de suporte básico de vida, que correspondeu ao “maior mass training de sempre no país”, disse ao SINTRA NOTÍCIAS, Gabriel Boavida, fundador do Movimento Cívico, Salvar + Vidas, criado à cerca de três meses, na sequência do falecimento, há dois anos, de seu irmão, o ator José Boavida, com uma paragem cardiorrespiratória.

Cerca de mil alunos das escolas do concelho de Sintra, estiveram juntos numa aula de suporte básico de vida

“Não podia ficar na indignação, tinha de passar à implicação e procurei a Câmara de Sintra onde tive todo o apoio e se estabeleceu uma estratégia de combate à morte súbita, cardíaca no município”, sublinhou Gabriel Boavida, destacando que o “projeto tem por objetivo alertar o país e a sociedade civil em torno desta causa”.

“Hoje nós termos em todos os edifícios municipais e nas escolas do 2.º e 3.º ciclo e secundárias, desfibrilhadores e conseguimos arrancar com este programa que é único no país”, sublinhou Rui Pereira vice-presidente da Câmara de Sintra, destacando o “esforço de Gabriel Boavida que identificou esta lacuna e nos ajudou a construir um projeto” que envolve também o Hospital Amadora-Sintra “que sempre se disponibilizou, tem participado e pôs à nossa disposição a sua Escola de Reanimação“, no âmbito de um protocolo, o projeto 3C’s, que tem por objetivo, formar todos os alunos deste área escolar, para que todos fiquem habilitados e a saber como agir, numa situação de emergência.

Este Projeto tem como objetivo equipar espaços com um fluxo significativo de pessoas com um Kit Salva-vidas, composto por formação em Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação, Desfibrilhador Automático Externo com reanimação de alta qualidade e formação de primeiros socorros.

Em Portugal morrem cerca de 10 mil pessoas com paragem cardíaca súbita, isto é, uma morte por hora – 20 vezes mais do que aquelas que acontecem na sinistralidade rodoviária – o que corresponde à pior taxa de sobrevivência da Europa, na ordem dos 3%.

A formação base e o envolvimento cívico por uma resposta rápida de proximidade é fundamental, sobretudo nos primeiros minutos, para ajudar a salvar vidas.

Afinal, não há causa mais nobre do que salvar uma vida.