Depois de mais de quatro décadas votado ao abandono, o hotel Netto volta a abrir antes do final deste ano.

O diário Público avança na sua edição que depois de alguns meses com a obra suspensa, os trabalhos recomeçaram. “De facto os trabalhos estiveram parados durante algum tempo devido a um desentendimento entre o promotor da obra e o empreiteiro”, disse ao diário fonte do gabinete de comunicação da autarquia liderada por Basílio Horta.

O “desentendimento” terá levado ao afastamento do anterior construtor, estando agora os trabalhos a cargo da construtora San Jose. Numa reunião do executivo em novembro passado, o vereador da CDU, Pedro Ventura, questionou o presidente da câmara sobre a paragem na empreitada. Na resposta, Basílio Horta disse estar a acompanhar a obra “com muita preocupação”. “A obra não está inteiramente parada, mas está a andar muito, muito devagar. Parece estar parada, mas não está. Eu fui lá e estão a trabalhar por dentro duas pessoas. Por aquele caminho, nunca mais o hotel Netto é arranjado. Vamos realmente ter que intervir porque o contrato diz que se as obras não forem feitas naquele prazo há uma resolução do contrato”, explicou.

A autarquia garante estarem a ser cumpridos os prazos legais da empreitada. No termos da adjudicação, em julho de 2016, o promotor dispõe de 30 meses para concluir o hotel, “após emissão do alvará de construção ou licenciamento da operação urbanística”.

De acordo com a autarquia, “encontram-se concluídas todas as demolições, executada a contenção de fachada (uma das fases mais difíceis), contenção periférica com execução de pregagens e parte das escavações”. O valor de obra executada até ao momento é de aproximadamente 600 mil euros. Os trabalhos estão agora a cargo da construtora San Jose, que estará “a trabalhar no local para concluir os restantes trabalhos de estrutura, cobertura, alvenarias, cantarias e revestimentos exteriores”.

O projeto prevê a instalação da unidade hoteleira com a preservação da fachada, com 34 quartos. O hotel, que seria de quatro estrelas, será agora uma unidade de cinco estrelas, uma “decisão da responsabilidade da Direcção Geral de Turismo”, afirmou também a autarquia de Sintra ao jornal Público.