Os cabeças de lista da coligação PSD/CDS-PP solicitaram hoje ao Ministério Público para investigar afirmações do presidente da Câmara de Sintra, de alegadas tentativas de fogo posto por motivações eleitoralistas, avança a agência LUSA.

Na participação apresentada no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da comarca de Lisboa Oeste, em Sintra, solicita-se que o presidente da autarquia, Basílio Horta, esclareça “o que sabe quanto às alegadas quatro tentativas de fogo posto por motivações políticas em período eleitoral”.

“O candidato do PSD/CDS que deixe de ser incendiário político e respeite o trabalho dos bombeiros de Sintra e das forças de investigação criminal”, respondeu à Lusa uma fonte oficial da autarquia.

A mesma fonte oficial acrescentou que, “perante o absurdo da queixa, e num momento particularmente dramático que o país atravessa, o município de Sintra e o seu presidente estão apenas interessados, por muito que custe a Marco Almeida, em continuar a defesa e proteção do património do concelho e de todos que vivem, trabalham e visitam Sintra”.

As palavras de Basílio Horta que originaram a queixa da coligação de direita foram as seguintes: “Já tivemos quatro tentativas de fogo posto na serra. Na Biscaia. Quatro! Na Atalaia, três. Fogo posto. Isso preocupa-me muito. Que haja pessoas que em período eleitoral, que ponham, pessoas de cabeça perdida, que ponham fogo”, afirmou, numa entrevista ao jornal ‘online’ “Observador”, o presidente da câmara.

“Urge que tais alegadas tentativas de fogo posto sejam investigadas e, sendo caso disso, punidos severamente os seus autores, sob pena de as afirmações/insinuações propaladas pelo candidato Basílio Horta serem aptas a pôr em causa a imagem e reputação dos candidatos às eleições autárquicas no concelho de Sintra”, lê-se na queixa enviada à Lusa.