Nas encostas viradas a Ocidente e Sul do Complexo Orográfico da Serra da Carregueira delimitadas, parcialmente, pelo curso da Ribeira da Agualva ou do Jardo, são abundantes as águas nativas.

Estas nascentes constantes vão, ao longo dos séculos, sendo referidas, nos documentos escritos, e aproveitadas criteriosamente.

No caso de Meleças, a primeira citação documental que conhecemos, reporta-se a um traslado de um Testamento de D. Afonso Henriques, a propósito de uma herdade, que refere: “in fonte de Melezas”.

Por sua vez os micro-topónimos locais relevam essa abundância de águas, como o seu aproveitamento, ao longo dos tempos, ainda, testemunhados por construções de raiz Arquitetónica Popular e de Engenharia Hidráulica.

É o caso deste cifam, na zona do Molha Pão, construído no primeiro quartel do século XX, integrado no Ramal da Mata, do Aqueduto das Águas Livres. 

Aqueduto que abastecia a Cidade de Lisboa, que teve início de obra em 1731, com o seu troço inicial bem conhecido de todos; mas que se prolongou com construções de novos ramais adutores, até 1920.

Sintra Notícias / Rui Oliveira com Vitor Rafael Sousa, Carlos Albuquerque