Onda de calor provocou excesso de mortalidade de 238 óbitos

Portugal registou um excesso de mortalidade entre 07 e 13 de julho correspondente a 238 óbitos, atribuídos à onda de calor que se verifica no continente nos últimos dias, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Neste caso concreto, este excesso pode ser atribuído à onda de calor. De facto, temos tido nos últimos dias temperaturas extremas muito elevadas, quer as máximas, quer as mínimas, e por um período bastante prolongado”, disse a diretora-geral da Saúde à agência Lusa.

De acordo com a diretora-geral da Saúde, caso se mantenham os fenómenos meteorológicos idênticos aos que se têm registado nos últimos dias, é previsível que “continue a acontecer um número de mortes superior àquele que seria esperado se não houvesse calor” extremo.

Graça Freitas salientou que, para isso, é relevante o facto de as temperaturas mínimas também estarem elevadas, assim como a duração da onda de calor, o que causa um impacto maior do ponto de vista fisiológico.

Segundo referiu, as pessoas mais fragilizadas são mais atingidas por esta situação, sobretudo, idosos que, em regra, acumulam várias doenças, mas também crianças e pessoas com doenças crónicas.

“O calor interfere sobre essas patologias, caso das doenças respiratórias e cardiovasculares, descompensando as doenças de base que as pessoas tenham”, alertou Graça Freitas, que reiterou o apelo para o acompanhamento próximo das pessoas mais vulneráveis nestas ocasiões.

A diretora-geral da Saúde salientou também a necessidade de manter a hidratação, principalmente dos grupos vulneráveis, que deve ser feita com a ingestão de oito copos de água por dia, “o mínimo necessário para manter o corpo hidratado”.