Helder Silva, presidente da Câmara de Mafra | Foto: arquivo

“Este aumento populacional reflete-se pelo aumento do consumo de água e de produção de resíduos”, afirmou Hélder Sousa Silva, acrescentando que, depois da crise entre 2011 e 2015, Mafra é o concelho da Área Metropolitana de Lisboa onde os consumos aumentaram mais ‘per capita’.

Os Censos deste ano, cujo trabalho está em fase de conclusão, disse, deverão fixar a população em cerca 86.500 habitantes, um aumento de 13%, já que em 2011 eram 76.685.

Contudo, o autarca estimou que a população a residir de forma permanente no concelho seja superior e ronde os 100 mil habitantes.

Hélder Sousa Silva adiantou que este município do distrito de Lisboa registou um aumento de 13 a 14 mil habitantes face a 2019 e desde que a pandemia começou.

Por outro lado, indicou também que o aumento populacional se reflete no consumo da água e na produção de resíduos, que registaram aumentos de 14% a 15% face a 2019.

“Além dos 13% de aumento do número de residentes, temos mais residentes, porque, apesar de manterem a primeira habitação noutros concelhos, como Lisboa, para não perderem certos benefícios como residentes, como o cartão de estacionamento, estão a passar mais tempo na segunda casa que têm na nossa terra”, explicou.

Para o presidente da câmara, o teletrabalho provocado pela pandemia de covid-19 levou muitos cidadãos a residirem de forma permanente no concelho, em casas que antes eram de segunda habitação.

Hélder Sousa Silva atribui o aumento populacional aos investimentos que a autarquia tem feito para “tornar o território mais atrativo para residir e para trabalhar”.

“A câmara aplica a taxa máxima do Imposto Municipal sobre Imóveis, mas esse apoio é para investir e prestar serviços no território, ou seja, devolvemos a qualidade no serviço que prestamos”, justificou.

“Podia ter o carro do lixo a passar uma vez, mas prefiro que passe duas”, exemplificou.

Já nos Censos de 2011, Mafra foi um dos concelhos da região de Lisboa que mais subiu em termos população, ao aumentar 41,2%, num movimento em que o concelho foi acompanhado por Alcochete (35%), Montijo (31%), Sesimbra (30,9%) e Cascais (20,2%).

Sintra Notícias com Lusa