“Leal da Câmara Revisitado” para ver no Museu das Artes de Sintra

MU.SA | Exposição de pintura, desenho, caricatura e mobiliário, patente ao público, até ao dia 3 de maio.

O Museu das Artes de Sintra (MU.SA) inaugurou ‘Leal da Câmara Revisitado (1876-1948)’, uma exposição de pintura, desenho, caricatura e mobiliário, patente ao público, até ao dia 3 de maio.

‘Leal da Câmara Revisitado’ remete-nos, através da obra pictural de um dos melhores artistas portugueses de sempre, para um lugar mágico e de contemplação de um sem número de conjunturas, de acontecimentos e de personagens fixadas magistralmente pelo ‘olho assombrosamente feiticeiro’ desse vulto da Arte Portuguesa que foi Leal da Câmara.

Esta exposição de Mestre Leal da Câmara recorda a figura e a exemplaridade ímpar de Mestre Leal da Câmara (30.11.1876 | Pangim, Goa – 21.07.1948 | Rinchoa, Sintra) enquanto humanista, cidadão, artista, caricaturista e republicano, que tudo foi e que se destacou de entre os seus contemporâneos e triunfou, sem favores, na vanguardista, cosmopolita e iluminada Paris das primeiras décadas do século passado.  

A mostra revisita a obra e o talento criador de uma culta ‘individualidade multiforme’, que abraçou diversas facetas durante a sua intensa e ativa vida de quase 72 anos – pintor, caricaturista, paisagista, retratista, cartazista, designer gráfico, desenhador de mobiliário, decorador, cenógrafo, professor, jornalista, escritor, agente cultural e urbanizador – como foi Tomás Júlio Leal da Câmara.

Esta mostra assinala ainda a passagem dos 110 Anos da República Portuguesa com uma ousada e ampla exposição dedicada a um dos mais convictos e fidedignos republicanos portugueses.

Leal da Câmara, desde a primeira hora, abraçou com desembaraço e original atrevimento os ideais de um novo e desejado regime em oposição clara e direta à Monarquia, tendo, por isso, pago um elevado preço, como foram as constantes e violentas perseguições políticas de que foi alvo, as apreensões e destruição dos jornais e revistas onde vinham publicadas as suas sarcásticas caricaturas e os exílios forçados de Leal da Câmara em Madrid e em Paris.

Entrada livre.