A empresa de Pedro Mendes Leal vai assumir a gestão do Palácio de Seteais já a partir de 2024. A empresa, que teve uma participação nos hotéis boutique Bairro Alto e é dona do Valverde na Avenida da Liberdade, em Lisboa, assim como o Valverde Santar Hotel & Spa, localizado na antiga Casa das Fidalgas em Nelas, venceu o primeiro concurso público internacional para a concessão do Hotel Seteais. A notícia é avançada pelo ECO, que revela que o contrato será assinado até ao final deste mês.

Segundo o ECO o consórcio vencedor vai pagar uma renda no valor de 18,49 milhões de euros durante os próximos 30 anos, quando termina o prazo da concessão, que muda de mãos ao fim de 68 anos. O valor representa cerca de 616 mil euros anuais. Além deste valor, os novos gestores da exploração do Seteais garantem uma verba de 22,65 milhões de euros para obras de manutenção e requalificação do edifício, durante o período da concessão.

Com estes valores o consórcio garantiu o primeiro lugar do concurso público internacional lançado pela Parques de Sintra – Monte da Lua, que tinha como critério o melhor preço.

Pelo caminho ficaram empresas como o grupo Pestana, a Sonae Capital, a Visabeira, a Minor que detém a rede Tivoli ou o grupo The Fladgate Partnership, que também apresentaram propostas no concurso que contou com oito candidatos.

Ainda segundo o ECO, além do critério do melhor preço, para explorar o hotel, cuja propriedade é do Estado, através do Turismo de Portugal e onde a Parques de Sintra assumiu recentemente a sua gestão, era exigido aos candidatos que tivessem “experiência na gestão hoteleira superior a dez anos” em Portugal ou num país da União Europeia e que se encontrem a gerir atualmente “pelo menos três hotéis de 4 a 5 estrelas” com “pelo menos 200 quartos”, referia o anúncio publicado em Diário da República.

Fora do concurso ficaram os candidatos que em 2022 tiveram receitas na atividade hoteleira abaixo de dez milhões de euros. O valor da renda paga pelo Tivoli, antes deste concurso público internacional, era de 0,5% da receita líquida de impostos.