No dia em que a Parques de Sintra – Monte da Lua voltou a paralisar devido a um plenário de trabalhadores, Basílio Horta deixou claro que é “inaceitável” e “intolerável” a forma como a Secretaria de Estado do Tesouro bloqueia o novo Acordo de Empresa aprovado pelo sindicato da UGT, o SINTAP, e a administração da empresa.

O presidente da Câmara Municipal afirmou, na reunião do executivo camarário desta manhã, que vai falar com o primeiro-ministro, o ministro das Finanças e do Ambiente sobre a situação da empresa de capitais públicos que gere vários dos monumentos no concelho de Sintra.

O novo Acordo de Empresa encontra-se há mais de dois meses na Secretaria de Estado do Tesouro a aguardar decisão para poder ser aplicado.

“Não podemos consentir que isto continue”, afirmou Basílio Horta. “A imagem do concelho começa a ser fortemente afetada e isto não é aceitável”. “Ou o Governo concorda com a proposta do novo Acordo de Empresa, assinado entre a administração e o sindicato, ou então é necessário uma cirurgia mais profunda e a autarquia encontra-se disponível para assumir a gestão da empresa para que o problema se resolva”, defendeu o presidente da Câmara Municipal de Sintra.

Basílio Horta responsabiliza a Secretaria de Estado do Tesouro por estar a colocar em causa a viabilidade e o futuro de uma empresa de capitais públicos que é um caso único de sucesso nacional e internacional na gestão do património cultural.

Em abril deste ano os princípios de uma proposta do presidente da Câmara Municipal de Sintra, que equiparava a tabela salarial dos trabalhadores da Parques de Sintra – Monte da Lua aos valores da função pública, foi aprovada em assembleia de acionista da empresa.

Essa decisão permitiu iniciar um processo negocial com os sindicatos que culminou num acordo, entre a administração da empresa e o sindicato da UGT, que foi enviado para o acionista Estado em maio. O processo encontra-se estagnado desde maio e as greves e plenários recomeçaram em julho.

Foto: DR CMS