Azenha Junto ao Aqueduto em Casal de Cambra - Esta tela, pintada por Paulo Honório, foi pintada com inspiração nas ruinas da azenha que está junto do aqueduto

Está patente no Edifico Socio Cultural de Casal de Cambra uma exposição de telas sobre Casal de Cambra, da autoria do artista Paulo Honório. Os trabalhos foram executados, tendo como base de inspiração a Vila de Casal de Cambra e a periferia.

São trabalhos inspirados em locais que existiram e ainda existem, criando um registo ou uma imagem com referências históricas do tempo de outrora de “Casaes de Camarae”.

“Sendo uma zona de searas, de caraterísticas saloias, com uma ligação à produção de farinha nos moinhos de vento, mais tarde de propriedades com quintais, era uma zona com uma forte ligação á natureza”, explica a Junta de Freguesia de Casal de Cambra no seu site, acrescentando que “a construção do aqueduto das águas livres, com ramais bem dentro da Vila, são referências únicas da existência de nascentes de águas, que saciavam a sede à cidade de Lisboa”.


Esses anos de 1700 marcaram a paisagem de “Casaes de Camarae”, até porque já existia a fonte onde hoje está o edifício balneário das águas férreas, de origem romana. “Podemos afirmar que estes trabalhos são de certa forma, imagens congeladas do tempo, com uma visão criativa que visa gerar um arquivo de memorias de locais que fazem parte de todos nós”, pode ler-se.

“Fui criado no Casal de Cambra desde 1973, vi como eram estas zonas naturais, de searas, de grilos e ralos a cantar à tardinha e de galos a cantar nas capoeiras ainda os primeiros alvores vinham longe”, refere Paulo Honório.


Casal de Cambra era um bairro de amplos espaços, que foi sendo preenchido ao longo do tempo por moradias, mas conseguindo manter uma ligação com a natureza que ainda hoje existe e que tem tendência em crescer.