Primeiro dia de greve na Tratolixo com 95% de adesão

O primeiro dos dois dias de greve dos trabalhadores da Tratolixo, responsável pelo tratamento de lixo nos municípios de Sintra, Oeiras, Cascais e Mafra, teve uma adesão de 95%, disse fonte sindical.

A paralisação de 48 horas foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) e mobiliza os trabalhadores das fábricas de Trajouce, no concelho de Cascais, e de Mafra, que reivindicam melhorias salariais.

“Na parte operacional foi 95%. Só vieram trabalhar os serviços mínimos e duas ou três pessoas que foram encontradas temporárias. Tudo o resto correu bem”, disse Carlos Fernandes, do STAL, fazendo um balanço do primeiro dia de greve.
Contactada pela Lusa, fonte da administração da Tratolixo remeteu um balanço para o final da greve, que termina no sábado.

Questionado sobre os impactos do primeiro dia de paralisação, Carlos Fernandes referiu constrangimentos no processo de receção do lixo nos concelhos de Sintra, Oeiras, Cascais e Mafra, que está a ser de cerca de 50%.

“Percebemos que eles [motoristas dos camiões de lixo] só fizeram uma descarga. Vieram um bocadinho mais cedo. Criou-se aqui um bocadinho de trânsito. Eles só vieram uma vez fazer isso [geralmente são duas vezes] e, portanto, é normal que haja alguma perturbação”, apontou.

No entanto, o sindicalista ressalvou que o principal objetivo dos trabalhadores não é causar constrangimentos no processo de recolha de lixo nos quatro municípios que servem.

“Não era esse o objetivo. Essas são questões secundárias, pois eles são clientes. Ficamos é muito contentes com a adesão”, sublinhou.

A Tratolixo é uma empresa intermunicipal certificada, detida em 100% pela AMTRES – Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra para o tratamento de resíduos sólidos e responsável pelo serviço público de tratamento de resíduos urbanos produzidos pelos mais de 800 mil habitantes dos municípios deste sistema de gestão de resíduos urbanos.

Na empresa prestam serviço cerca de 300 trabalhadores.

Imagem: arquivo