Pedro Filipe, presidente da Junta de Freguesia de Colares e Fernando Morais Gomes, presidente da Alagamares, descerraram placa comemorativa da classificação dos “33 plátanos de Colares como Árvores de Interesse Publico”

Decorreu este sábado, em Colares a cerimónia que assinala a classificação como “arvoredo de interesse público” de 33 plátanos, junto à Adega Regional de Colares (conjunto arbóreo e três exemplares isolados da espécie Platanus hybrida Brot), iniciativa promovida pela Alagamares Associação-Cultural, em 2018 e classificados pelo ICNF, em 28 de janeiro de 2020.

Devido à pandemia por Covid 19, só agora foi possível dar seguimento ao ato a solenidade que o mesmo requeria, explica a Associação Cultural, que realizou a sessão solene nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Colares, para assinalar e marcar “o momento de júbilo” que a sua preservação e consequente classificação implicava.

Foram oradores João Faria dos Santos, pela Alagamares, que deixou as preocupações da associação em torno da proteção de muitos conjuntos arbóreos vítima de intervenções agressivas ou mesmo abates negligentes, o engenheiro Rui Queirós do ICNF, que interveio no processo da classificação, Rodrigo Sobral Cunha, autor da obra “O Círculo dos Plátanos”, lançado no mesmo evento em torno dos plátanos na História e na Literatura, Renato Epifânio, do Movimento Internacional Lusófono, o editor Joaquim Pinto da Silva, da Livraria Orfeu, e Adriana Jones, da Associação de Defesa do Património de Sintra.

Maria Gabriela Llansol e reza na placa descerrada, “Nós estamos ligados uns aos outros pelas árvores

Nós estamos ligados uns aos outros pelas árvores — Maria Gabriela Llansol

Seguiu-se o descerrar duma placa alusiva, na Várzea de Colares, pelo presidente da Junta de Colares, Pedro Filipe, e pelo presidente da Alagamares, Fernando Morais Gomes, e um concerto na Adega Regional de Colares, seguido de um Colares de Honra.

“Assim se perpetua o direito à imagem que aquelas árvores representam no imaginário e na paisagem local, e se protege as mesmas contra possíveis arboricídios ou podas agressivas”, agora mais dificultados pela proteção legal conferida pelo despacho publicado no Diário da República II Série de 28 de janeiro de 2020.

Como escreveu Maria Gabriela Llansol e reza na placa descerrada, “Nós estamos ligados uns aos outros pelas árvores“.