As recentes declarações de David Justino, vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD, no programa “Isto é Gozar com Quem Trabalha” da SIC, referindo que o vereador do partido Chega, Nuno Afonso, na Câmara Municipal de Sintra, “viabilizou o orçamento municipal, dado que o dr. Basílio não tem maioria”, (…) e “ofereceram ao vereador do Chega um travesseiro para se poderem deitar”, motivou também a reação do Concelhia de Sintra do Partido Socialista (PS).
“Aparece agora um vice-presidente do PSD [David Justino] a afirmar que em Sintra o Partido Socialista obteve acordo e maioria com o vereador do Partido Chega. Percebe-se a ideia, mas lamenta-se o processo”, pode ler-se no comunicado assinado Bruno Parreira, presidente da Concelhia de Sintra do PS.
“Somos novamente confrontados com mais mentiras e invenções” aponta o militante socialista, que lembra os “ataques pessoais ao candidato Basílio Horta”, ainda durante a campanha eleitoral “indigna”, baseada em “ataques pessoais, de mentiras atrás de mentiras e cartazes insultuosos e provocatórios”.
“Que o PSD queira branquear o acordo dos Açores parece óbvio. Mas que o queira fazer à custa do Partido Socialista de Sintra e através de mentiras evidentes é que já não se entende”, refere Bruno Parreira.
Para que não restem dúvidas, “o orçamento da Câmara Municipal de Sintra foi aprovado em reunião de executivo com os votos favoráveis do Partido Socialista e do Partido Comunista Português sem qualquer dependência de aprovação por parte do vereador do Chega”, sublinha Bruno Parreira, em jeito de esclarecimento.
Recorde-se, Nuno Afonso, vereador eleito do partido Chega, na Câmara Municipal de Sintra (CMS), fez saber esta segunda-feira, que vai apresentar uma queixa-crime contra David Justino, vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD, por este ter dito que o Chega viabilizou o orçamento municipal.
“Numa tentativa de desviar a atenção de um assunto que aparentemente o incomoda, o acordo que o seu partido fez com o Chega nos Açores, optou pelo recurso à mentira e à calúnia”, reage Nuno Afonso, em comunicado.
O vereador do Chega, considera a afirmação “além de insultuosa, é difamatória”, e que face ao exposto, “o Dr. David Justino será alvo de uma queixa-crime”, argumentando que “é preciso que os políticos sejam responsabilizados pelo que fazem e pelos disparates que dizem”.
Em rigor, o vereador do Chega apenas votou favoravelmente a passagem à discussão do orçamento na Assembleia Municipal de Sintra, sessão marcada para os dias 20 e 21 de dezembro.