“A crise sanitária ativou outras crises, no campo social, na precarização do trabalho, no agravamento das dificuldades económicas, na pobreza que cresce e não só entre os segmentos considerados mais frágeis, na debilitação do campo escolar, na diminuição de presenças nas comunidades cristãs e na incerteza que pesa sobre a vida de tantos”, afirmou Tolentino Mendonça.
O cardeal, que preside à peregrinação internacional aniversária de maio ao Santuário de Fátima, que hoje começou, lembrou que a pandemia “ceifou vidas e alastrou lutos” e recuou aos acontecimentos na Cova da Iria, em 1917.
“De repente, sentimo-nos reportados à época dos santos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, quando a pandemia da febre espanhola fazia milhões de vítimas”, referiu na homilia que se seguiu à procissão das velas, pedindo à Virgem de Fátima para “iluminar a dor de todos, sem fronteiras nem distinções”, de próximos e distantes, de crentes e não crentes, “como se fosse uma só”.