A última homenagem ao tenente-coronel Marcelino da Mata, militar do Exército mais condecorado da guerra do Ultramar, decorre na segunda-feira, 15 de fevereiro, pelas 11h00, no cemitério de Queluz, na União das Freguesias de Queluz e Belas, no concelho de Sintra.

Devido às restrições motivadas pela pandemia, o acesso à cerimónia será condicionado. As honras militares serão prestadas no exterior do cemitério.

Foi o militar mais condecorado de sempre do Exército. Em 1969, foi armado cavaleiro da “Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito”, após ter subido sucessivamente de patente, desde soldado a major.

Nascido na Guiné, em 1940, o Tenente-Coronel Marcelino da Mata teve um percurso notável ao serviço do Exército, constituindo-se um dos seus mais brilhantes Soldados. “Ao longo da carreira, evidenciou-se essencialmente pela sua bravura, heroísmo e grande espírito de missão, tendo sido justamente agraciado com a mais alta condecoração militar portuguesa – a Ordem Militar da Torre Espada, do Valor, Lealdade e Mérito – e com cinco Cruzes de Guerra, entre outras condecorações de relevo”, destaca o Exército Português na sua página, nas redes sociais, apresentando “sentidas condolências à sua família e amigos, associando-se ao seu pesar e manifestando-lhes a maior solidariedade, neste momento particularmente doloroso”.

Entre as mais de duas mil missões de combate em que participou, naquele que é considerado dos teatros de operações mais difíceis da Guerra Colonial, contam-se as emblemáticas: Operação Tridente, o resgate de mais de uma centena de militares lusos no Senegal e a Operação Mar Verde.

Recorde-se, Marcelino da Mata morreu na quinta-feira, aos 80 anos, no Hospital Amadora-Sintra, onde se encontrava internado e infetado com Covid-19. Reformado desde 1980, teve 12 filhos.


Fotografias: Facebook / Tenente-coronel Marcelino da Mata
Fotografia de destaque: José Casimiro Carvalho Ranger
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