Lançada petição para atribuição de subsídio vitalício a família do ator Bruno Candé

Petição quer que o Governo atribua à família do cidadão negro um subsídio vitalício, "como compensação mínima pela tragédia".

O grupo Ação Cooperativista colocou hoje, ‘online’, uma petição, na qual exige “ao Governo que disponibilize, de imediato, um subsídio vitalício para a família de Bruno Candé”, ator negro assassinado na via pública, no concelho de Loures, no passado sábado.

A Ação Cooperativista – Artistas, Técnicos e Produtores, entidade surgida na área da cultura, no contexto de resposta à crise provocada pelo impacto da pandemia covid-19 no setor, lembra que “o Governo incumpre a Constituição ao não agir ativamente na erradicação do racismo e qualquer outra forma de discriminação”, referindo que a “discriminação racial é crime no nosso país (Artigo 240º Código Penal)”.

Os peticionários apontam o ódio racial como tendo estado na origem do crime cometido no passado sábado.

A petição quer que o Governo atribua à família do cidadão negro um subsídio vitalício, “como compensação mínima pela tragédia” que sobre ela “se abateu e como um sinal claro do seu compromisso com a igualdade e a justiça social, em solidariedade e apoio incondicional às vítimas de ódio racial”.

Recorde-se, o ator Bruno Candé, de 39 anos, era casado e tinha três filhos menores.

A petição, dirigida ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, ao primeiro-ministro, António Costa, e aos grupos parlamentares está disponível online.