Elogio das Nações Unidas a Sintra recebido com “satisfação e orgulho”

COVID-19 | Entre as medidas avançadas pela autarquia de Sintra, as Nações Unidas destacaram a isenção de rendas de habitação social, uma medida que abrangeu nove bairros do concelho de Sintra e um total de 1600 famílias, destaca o vereador da Saúde, Eduardo Quinta Nova.

Eduardo Quinta Nova, vereador da Saúde na Câmara Municipal de Sintra

Os municípios de Sintra, Lisboa, Porto, Braga e Vila Nova de Famalicão introduziram medidas que a ONU considera inovadoras e que são recomendadas num conjunto de políticas para a resposta à covid-19, em áreas urbanas.

O sumário de políticas publicado esta terça-feira pelas Nações Unidas, intitulado “Covid-19 num mundo urbano”, dá conta de medidas a serem seguidas por cidades de todo o mundo, visando condições socioeconómicas, oferta de serviços públicos e resiliência para o futuro.

“Recebemos esta notícia com uma grande satisfação e orgulho, porque é o reconhecimento da estratégia e das políticas que o município tem vindo a desenvolver”, disse esta terça-feira, o vereador da Saúde da Câmara de Sintra, Eduardo Quinta Nova, questionado sobre o reconhecido da Nações Unidas.

Entre as medidas avançadas pela autarquia de Sintra, as Nações Unidas destacaram a isenção de rendas de habitação social, uma medida que abrangeu nove bairros do concelho de Sintra e um total de 1600 famílias. Mas não só.

“Reduzimos o preço das tarifas da água em 35% para as famílias e em 20% para as empresas, assim como determinamos a gratuitidade das tarifas sociais, para além de outras medidas como o reforço de emergência social”, explica Eduardo Quinta Nova.

O desconfinamento aumentou os casos de infeção naquele que é o segundo maior concelho de país concelho, com a deslocação de grande parte da população para o local de trabalho, a maioria fora do concelho de Sintra. Um aumento de surtos, obrigou a autarquia a apoiar a população mais vulnerável, com apoios sociais e por outro lado, garantir o máximo de controlo da pandemia.

“O que fizemos foi, não só com a criação de equipas multidisciplinares em cada uma das freguesias que até ao momento se encontravam em situação da calamidade, também com visitas diárias às pessoas infetadas, para pode conhecer as suas dificuldades e necessidades e através desta iniciativa, impedir que as pessoas rompam o confinamento”, explica o vereador Eduardo Quinta Nova.

Levantamento do estado de alerta será
“um estímulo, não um descaso”

O trabalho da autarquia de Sintra, é agora reconhecido pelas Nações Unidas, mas Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, já disse que está longe acabar, mesmo com a redução do nível de alerta.

Para o autarca, o levantamento do estado de calamidade será “um estímulo, não um descanso”. “Todos os dias tenho receio. As segundas-feiras é sempre o credo na boca. Não podemos de forma nenhuma baixar a guarda”, disse hoje Basílio Horta à TSF.

“No meio da tempestade, há sempre alguém que resiste”, escreveu esta terça-feira, na página de facebook, Basílio Horta, acrescentando que “essa capacidade de continuar é de todos que vivem e trabalham em Sintra. Aqui reside a nossa verdadeira força. De não desistir, de inovar e de perceber que a COVID-19 não é apenas uma crise sanitária ou uma oportunidade para fazer baixa política.”

“Este é, também, um desafio à nossa identidade e um desafio à capacidade de nos mantermos unidos em prol do bem comum”, concretiza o presidente da Câmara de Sintra.