EM DIRETO: Conferência de imprensa
António Sales, secretário de Estado da Saúde
– Graça Freitas, diretora Geral da Saúde

Sintra é o município com maior aumento no número de casos de infeção Covid-19, registando nas últimas 24 horas, 182 novos casos, refere o boletim epidemiológico divulgado, esta terça-feira, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), explicando em nota metodológica, “que o aumento de casos no concelho de Sintra inclui atualizações das notificações médicas dos últimos quatro dias”, onde não se registou qualquer caso.

O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, manifestou-se indignado com o novo método de contagem do número de infetados no concelho, afirmando que a situação está a causar um grande alarme social.

“Existe uma desarticulação muito grande com as autoridades de saúde. Passam dias sem contar os nossos  infetados e depois somam os números todos e colocam no relatório. Isso causa um grande alarme e uma imagem errada do concelho”, disse Basílio Horta à agência lusa.

“Desta vez, estiveram quatro dias sem atualizar esses números e depois, de repente, os números dispararam e parece que o aumento foi de um dia para outro. Já tive oportunidade de transmitir essa minha indignação à senhora ministra da Saúde (Marta Temido)”, refere o presidente da Câmara de Sintra.

“Passam dias sem contar os nossos  infetados e depois somam os números todos e colocam no relatório” — Basílio Horta

Basílio Horta, manifestou-se indignado com o novo método de contagem do número de infetados no concelho | Foto: arquivo

A agência Lusa contactou o gabinete de comunicação da DGS para saber como se distribuíram estes 182 novos casos de Sintra ao longo dos quatro dias invocados.

Especificou ainda pretender saber o peso de Sintra nos valores totais de hoje da região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, onde o concelho se integra e onde a DGS notificou um total de 158 novos infetados relativos a segunda-feira, pelo que seria matematicamente impossível estarem incluídos os novos casos de Sintra.

“Os dados estatísticos nem sempre são fáceis de interpretar, muito menos numa situação de pandemia com evoluções constantes”, admitiu a DGS, em resposta à Lusa, salientando que não se podem “fazer essas comparações quando os referenciais são diferentes”.

“Só no final da linha do tempo desta pandemia se conseguirá estudar a correta evolução nos concelhos”, sublinhou, acrescentando posteriormente que os dados disponíveis “são os que estão no relatório”.

Já no domingo, Basílio Horta sublinhou a necessidade de se “atuar com ainda maior proximidade” no concelho de Sintra, para conter o vírus. No entanto, tem havido “um défice de comunicação” por parte do Governo e das autoridades de saúde.

“Só no final da linha do tempo desta pandemia se conseguirá estudar a correta evolução nos concelhos” — DGS

Recorde-se, o boletim diário da DGS hoje divulgado atribui a Sintra 182 novos casos de infetados por coronavírus, mas ressalva que este número corresponde a atualizações de notificações médicas dos últimos quatro dias.

A Área Metropolitana de Lisboa tem sido destacada, nos últimos dias, por causa do aumento expressivo do número de casos, o que levou o Governo a adiar a terceira fase do desconfinamento na região.

Salvaguarde-se que os números de casos confirmados por concelho, divulgados no Relatório de Situação Epidemiológica desta terça-feira, referem-se ao “total de notificações médicas no sistema SINAVE [Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica], não incluindo notificações laboratoriais”.

Lisboa, Lisboa ocupa o topo da tabela com um total 2.447 infetados com o novo coronavírus, seguido por Vila Nova de Gaia (1.578), Porto (1.358), Sintra (1.355); – que inclui atualizações das notificações médicas dos últimos quatro dias -, Matosinhos (1.281), Braga (1.225); Loures (1.089); Gondomar (1.083) e Maia (944).

Situação atual no país:

Portugal regista hoje 1.436 mortes relacionadas com a covid-19, (+12) do que na segunda-feira, e 32.895 infetados, (+195), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

Em comparação com os dados de segunda-feira, em que se registavam 1.424 mortos, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 0,8%. Já os casos e infeção subiram 0,6%.

A região Norte continua também a ser a que regista o maior número de mortos (795), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (370), do Centro (240), do Algarve e dos Açores (ambos com 15) e do Alentejo, que regista um óbito, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de segunda-feira, mantendo-se a Região Autónoma da Madeira sem registo de óbitos.

Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde, 730 vítimas mortais são mulheres e 706 são homens.

Das mortes registadas, 966 tinham mais de 80 anos, 277 tinham entre os 70 e os 79 anos, 127 tinham entre os 60 e 69 anos, 46 entre 50 e 59, 17 entre os 40 e os 49. Há duas mortes registadas entre os 20 e os 29 anos e uma na faixa etária entre os 30 e os 39 anos.

A caracterização clínica dos casos confirmados indica que 432 doentes estão internados em hospitais, menos 39 do que na segunda-feira (-8,3%), dos quais 58 em Unidades de Cuidados Intensivos, menos seis (-9,4%).

A recuperar em casa estão 11.158 pessoas.

Caracterização Demográfica dos Casos Confirmados:

Na Região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se tem registado maior número de surtos, há mais 158 casos de infeção (+1,4%). A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 16.789, seguida pela região de Lisboa e Vale do Tejo, com 11.493, da região Centro, com 3.753, do Algarve (372) e do Alentejo (270). Os Açores registam 137 casos de covid-19 e a Madeira contabiliza 91 casos confirmados, de acordo com o boletim hoje divulgado.

Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo novo coronavírus (2.447), seguido por Vila Nova de Gaia (1.578), Porto (1.358), Sintra (1.355); Matosinhos (1.281), Braga (1.225); Loures (1.089); Gondomar (1.083) e Maia (944).

Alguns dos concelhos, na Área Metropolitana de Lisboa (AML): Lisboa 2400 (+38);  Sintra 1355 (+182);  Loures 1.089 (+23); Amadora 890 (+29); Cascais  579 562 (+11);  Odivelas 581 (+16), Oeiras 446 (+16); e Mafra 131 (+5).

Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde, 730 vítimas mortais são mulheres e 706 são homens.

Das mortes registadas, 966 tinham mais de 80 anos, 277 tinham entre os 70 e os 79 anos, 127 tinham entre os 60 e 69 anos, 46 entre 50 e 59, 17 entre os 40 e os 49. Há duas mortes registadas entre os 20 e os 29 anos e uma na faixa etária entre os 30 e os 39 anos.

A caracterização clínica dos casos confirmados indica que 432 doentes estão internados em hospitais, menos 39 do que na segunda-feira (-8,3%), dos quais 58 em Unidades de Cuidados Intensivos, menos seis (-9,4%). A recuperar em casa estão 11.158 pessoas.

Desde o dia 01 de janeiro, registaram-se 328.873 casos suspeitos, dos quais 1.866 aguardam resultado dos testes. A DGS regista igualmente 705 casos de crianças até aos nove anos e 1.118 jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com a DGS, 39% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 11% dificuldade respiratória.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 373 mil mortos e infetou mais de 6,2 milhões de pessoas em todo o mundo. Cerca de 2,6 milhões de doentes foram considerados curados pelas autoridades de saúde.