O primeiro-ministro esteve reunido com o Cardeal-Patriaca, D. Manuel Clemente, na manhã desta segunda-feira, em Lisboa. Após a reunião, António Costa disse que as medidas de contenção da pandemia vão começar a ser aliviadas em maio. No entanto, o primeiro-ministro, sublinhou que enquanto não houver vacina, Portugal não volta a ser o que era antes da covid-19.

O primeiro-ministro considerou que a Igreja Católica tem sido exemplar no combate à propagação da covid-19 e frisou que o objetivo é continuar a compatibilizar a celebração da fé e as regras de proteção social.

António Costa falava após ter estado reunido cerca de uma hora com o cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, no Seminário dos Olivais, sobre as condições para o levantamento de restrições à circulação a partir de maio, depois de terminada a atual fase de estado de emergência por causa do combate à pandemia de covid-19.

“Estamos em diálogo com a Igreja Católica, assim como com outras instituições, de forma a compatibilizar a celebração da fé com as regras de proteção social que terão de ser mantidas para travar a pandemia”, declarou o líder do executivo.

Por outro lado, para terça-feira, está prevista uma reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal, onde novas orientações serão dadas relativamente a esse conjunto de celebrações em Fátima.

Após esta reunião com D. Manuel Clemente, o primeiro-ministro optou por manifestar ao cardeal Patriarca de Lisboa o “reconhecimento pelo grande esforço e exemplo que a Igreja Católica tem dado” ao longo do período de estado de emergência em Portugal e, em particular, durante a quadra pascal.

Nesta reunião, “falámos como a partir de maio poderemos encontrar um maior ponto de normalidade nas celebrações religiosas, tendo em conta a previsão de que, se mantivermos o grande esforço, disciplina e contenção até ao final do mês, poderemos consolidar a trajetória verificada desde março. Portanto, podemos começar a encarar maio de uma forma diferente daquela que temos vivido nos últimos dois meses”, declarou.

Segundo o líder do executivo, a Igreja Católica não necessitou do estado de emergência para começar a aplicar as regras essenciais de afastamento social”. Pela parte do Governo, António Costa repetiu que o Governo vai fazer uma próxima avaliação sobre a situação epidemiológica existente do país no dia 28 deste mês.

Neste ponto, o primeiro-ministro salientou ainda que, além da Igreja Católica, irá falar com outras confissões religiosas, designadamente com os muçulmanos, que entrarão em breve no período do Ramadão.

  • Sintra Notícias com Lusa