Estão confirmados os dois primeiros casos de infeção por Covid-19 em Portugal, confirmou a Ministra da Saúde, Marte Temido, em conferência de imprensa. Os dois doentes infetados estão internados em hospitais do Porto, um no Hospital de Santo António e outro no São João e estão “estáveis”.

Um dos doentes é um médico do Hospital Tâmega e Sousa que esteve no norte de Itália de férias. Ficou internado na tarde deste domingo no hospital de Santo António. O outro caso confirmado é o de um homem que foi a Espanha em trabalho e está internado no hospital de São João.

Os dois doentes, disse a ministra Marta Temido, encontram-se “estáveis”. Os contactos mais próximos destes pacientes vão ser colocados em vigilância, determinando as autoridades o respetivo grau de risco de infeção pelo novo coronavírus. 

Em resultado destes casos positivos, e apesar de o país ainda se encontrar na fase de contenção do surto, a ministra anunciou que vai ser aplicado aos voos de provenientes de Itália, o que já estava a ser feito aos voos provenientes da China.

Reiterando os conselhos de higiene como forma de evitar contágios, Marta Temido aproveitou para  reforçar, uma vez mais: “Se tiverem qualquer sintoma, contactem a Saúde 24 (808 24 24 24)”, ao invés de se dirigirem às unidades de saúde. 

“Admito que com um volume maior de procura, esses tempos possam trazer algumas demoras, mas a recomendação mantém-se: Atenção, sem alarmes desnecessários”, insistiu a governante. 

Testes sempre que se justificar,
mas não de forma generalizada

Graça Freitas, diretora-Geral da Saúde | Foto: NetFarma

“Neste momento, a palavra é tranquilidade”, disse, por sua vez a diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, também presente na conferência de imprensa, insistindo no contacto telefónico. A responsável pediu ainda “que os portugueses confiem que as autoridades de saúde estão atentas” e que o risco “é analisado todos os dias”. “Em função desse risco ativa-se o nosso plano”, afirmou, explicando que os planos e as medidas são “dinâmicos”. 

Graça Freitas explicou que os testes a contactos próximos de infetados serão feitos sempre que se justificar e com base no risco determinado pelas autoridades de saúde.

“Obviamente a DGS e o IRJ, e as autoridades de saúde em geral, definiram a metodologia para realização de testes, mas como aqui foi dito tem de haver o dinamismo e a flexibilidade para adaptarmos as nossas ações ao risco e a situações particulares que venham surgindo”, disse a responsável, adiantando que “podemos passar para uma fase em que pessoas, como por exemplo, contactos muito próximos de doentes confirmados possam vir a ser testados”. 

Mas essa decisão, frisou a diretora-geral da Saúde, “é tomada pela autoridade de saúde que faz o equivalente a uma história clínica”. “Essa história tem de ser muito bem feita, o grau de risco do contacto tem de ser muito bem esmiuçado. E, obviamente, sempre que se justificar serão feitos testes. Não há indicação para fazer testes de forma generalizada, com o conhecimento científico que temos à data”, destacou a responsável. 

Em caso de sintomas, o
contacto deve ser feito para a Linha Saúde 24
Telefone: 808 24 24 24

[atualizada, 12h45]