Alto da Vigia na Praia das Maçãs no National Geographic

"O enigmático sítio do Alto da Vigia na Praia das Maçãs", é o titulo de destaque da revista 'National Geographic', do mês de Janeiro, uma reportagem histórica daquele local, "Sol Eterno e pela Lua" citando Basílio Horta, que considera que “a arqueologia é a grande reserva que Sintra ainda tem”.

National Geographic

O Santuário Romano consagrado ao Sol, à Lua e ao Oceano (Alto da Vigia, Praia das Maçãs, Colares) – sítio arqueológico que está directamente relacionado com cultos astrais, é destaque na conceituada revista, National Geographic, edição de Janeiro de 2020.

“Nas imediações da praia das maçãs, em Sintra, um sítio arqueológico desafia a imaginação dos historiadores há muito tempo – Mais precisamente há quinhentos anos… “, começa assim o artigo intitulado O enigmático sítio do Alto da Vigia na Praia das Maçãs, assinado por Gonçalo Pereira Rosa, com fotografias de Mário Rio e Ilustrações de Anyforms, referindo a data de 1505, quando “Dom Manuel I foi informado de um estranho acontecimento produzido num morro sobranceiro à Praia das Maçãs”.

Recorde-se, “SOLI AETERNO – Ao Sol Eterno”, assinala o solstício de verão. Devido a tal “fenómeno”, este dia, ao qual sempre esteve associado uma simbologia muito própria, foi assinalado por várias culturas e povos desde tempos imemoriais. Cardim Ribeiro, fundador e primeiro director do novo Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas (MASMO), acredita que as próximas campanhas revelarão mais inscrições e as provas do templo circular cujos restos Francisco de Holanda talvez tenha visto quando desenhou a sua estrutura circular.

Remontam ao século XVI as informações mais antigas que indicam a existência de um santuário romano junto à foz do Rio de Colares, lembra o historiador Rui Oliveira ao SINTRA NOTÍCIAS, durante uma visita ao local

(…) “A arqueologia é a grande reserva que Sintra ainda tem” — Basílio Horta

Segundo a National Geographic, “Basílio Horta conhece bem esta realidade e sabe que a capacidade de carga em alguns dos principais ícones da vila está prestes a ser atingida”, acrescentando que apesar das medidas de mitigação desse impacte, com a construção de parques, implementação de slots de visita e tentativa de canalização dos turistas para outros monumentos da vila, “o futuro poderá também passar pela arqueologia”.

“O Norte do concelho está por explorar do ponto de vista turístico”, reconhece o presidente da Câmara de Sintra. “Creio que o que ainda está debaixo da terra será o que vai alimentar o futuro. A arqueologia é a grande reserva que Sintra ainda tem.”

Recorde-se, uma vez que a equipa de Arqueologia da Câmara de Sintra está a escavar o Santuário Romano consagrado ao Sol, à Lua e ao Oceano (Alto da Vigia, Praia das Maçãs, Colares).