Supressões na linha de Sintra provocam o caos entre passageiros

CP admite que tem havido "algumas supressões" de comboios na linha de Sintra.

A CP admite que tem havido “algumas supressões” de comboios na linha de Sintra, o suficiente para provocar o caos entre passageiros.

Segundo a empresa, em declarações ao Correio da Manhã, “no mês de outubro, o número de comboios programados foi de 9990 [cerca de 390 comboios/dia útil e 190 em dias feriados e fins de semana] e o índice de regularidade [comboios programados vs comboios realizados], até à data, tem mantido, globalmente, valores da ordem dos 99%”, explicou a empresa. 

Significa que, 1% de comboios suprimidos é equivalente a quase 100 comboios por mês. Em termos práticos, todos os dias, uma média de 3,3 das viagens programadas não são feitas. Supressões que em hora de ponta, ganham uma outra dimensão, geradoras de provocar o caos entre os passageiros. 

Como o SINTRA NOTÍCIAS adiantou, esta terça-feira, dezenas de passageiros bloquearam a entrada de um comboio, em protesto contra as supressões na linha de Sintra. Aconteceu na estação da Amadora, impedindo que a composição seguisse viagem para Lisboa.

Só com a presença da PSP que identificou o passageiro que despoletou o protesto, permitiu que fosse retomada a circulação do comboio, com 30 minutos de atraso.

Foto de Sónia Caetano, partilhada no facebook

Ainda assim, foram muitos os que aproveitaram a ocasião para manifestar a sua indignação e protesto, pela falta de comboios sobretudo nas horas de maior tráfego.

“O comboio que passa em Rio de Mouro às 7h55 voltou a ser suprimido, como tem sido frequente. É o suficiente para não passar comboio durante 20 minutos e provocar a confusão. Depois disso os comboios chegavam à Amadora já cheios e houve quem visse passar três comboios sem conseguir entrar,” desabafou Sónia Caetano, que partilhou algumas fotos do protesto.

Recorde-se, a CP implementou o horário de verão, ajustando a oferta à habitual redução da procura durante as férias escolares. As alterações aos horários foram anunciadas pela empresa e decorrem “das alterações de procura, que se reduz em alguns percursos, no período de férias escolares”, explicou na altura a empresa transportadora.

Assim, a redução que devia ter terminada a 7 de Setembro, conforme prometido pela transportadora, passou a decisão definitiva: “Caso se verifique a necessidade de reforço, a CP atuará nesse sentido, utilizando os recursos humanos e materiais disponíveis”, acrescenta a CP em declarações ao jornal Público, a 27 de setembro.