A Amazónia está a arder

AMBIENTE | A região da Amazónia está a arder há três semanas.

Os incêndios deste ano na Amazónia são já um recorde e representam um aumento de 83% relativamente ao mesmo período de 2018. A notícia publicada esta terça-feira no portal Brasil de Fato dá conta do “ritmo acelerado” nas queimadas na floresta amazónica, de tal forma que o fumo era visível, na passada segunda-feira, na cidade de São Paulo.

A região da Amazónia está a arder há três semanas e Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, diz que é normal, já que se trata “da época da queimada”.

Segundo o portal Brasil de fato, as partículas das queimadas “viajaram milhares de quilómetros, primeiro rumo ao oeste do continente, chocando contra a cordilheira dos Andes”, e rumando depois para sul, afirma a fonte noticiosa citada, precisando que o fumo que atingiu São Paulo retornou ao Brasil potencializado pelos incêndios florestais na Bolívia e no Paraguai.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil vive a maior onda de queimadas dos últimos cinco anos, tendo sido registados, desde Janeiro, 71 497 focos de incêndio, mais 82% que em igual período do ano passado, quando foram registados 39 194 focos.

Os estados onde as queimadas mais cresceram, “foram Mato Grosso do Sul (260%), Rondónia (198%), Pará (188%), Acre (176%) e Rio de Janeiro (176%). Recentemente, no período de 17 a 19 Agosto, o Inpe registrou 5253 focos de queimadas em todo o Brasil, além 1618 na Bolívia, 1116 no Peru e 465 no Paraguai”, refere o site brasileiro.

De acordo com o Brasil de Fato, os ataques reiterados de Jair Bolsonaro “às políticas ambientais, aos ambientalistas e aos órgãos de fiscalização estimularam” os fazendeiros a realizar esta acção.


Segundo o jornal local Folha do Progresso, a ideia era chamar a atenção do governo: “Precisamos de mostrar ao presidente que queremos trabalhar e o único jeito é derrubando. E, para formar e limpar nossas pastagens, é com fogo”, disse um dos organizadores da acção.

  • Reportagem completa no site Brasil de Fato
  • Fotografia: DR Nasa – Divulgação