A circulação ferroviária na Linha de Sintra registou esta quarta-feira, mais 13 supressões de comboios, até meio da tarde, aumentando para 70 desde segunda-feira, devido à imobilização de material circulante, segundo informação de fonte oficial da CP – Comboios de Portugal.
De acordo com o gabinete de comunicação da CP, esta quarta-feira, até cerca das 16h30, foram “suprimidos na Linha de Sintra 13 comboios, devido ao excesso de imobilizações de material circulante”.
Estas supressões juntam-se às 57 registadas na segunda e terça-feira, confirmadas por uma fonte oficial da empresa, afetando as ligações entre Lisboa Rossio-Meleças, Sintra-Alverca e Sintra-Oriente.
Os cortes na circulação ocorreram “com mais incidência nas horas de ponta da manhã e da tarde, dado que são os períodos do dia em que existem mais comboios a circular, logo as necessidades de material circulante são superiores”, explicou a transportadora, que não avançou qual a previsão de supressões para o final desta quarta-feira.
Na segunda-feira não se realizaram 20 comboios, na hora de ponta da tarde, por motivo de “reparação ou para manutenção”, enquanto as restantes supressões de terça-feira ocorreram maioritariamente na ligação entre o Rossio (Lisboa) e Meleças (Sintra).
“A CP e a EMEF continuam a trabalhar para que, no mais breve espaço de tempo possível, sejam repostos os níveis de disponibilidade do material circulante, o que deverá ocorrer nos próximos dias”, afirmou a empresa responsável pela principal linha suburbana de Lisboa.
Câmara de Sintra considera supressão de comboios, “intolerante”
O presidente da Câmara de Sintra considerou hoje “intolerável” as 57 supressões de comboios na principal linha suburbana de Lisboa, em dois dias, recusando a atual política orçamental que trava a contratação de pessoal para manutenção do material circulante.
“O que está a acontecer em Sintra em matéria de transporte ferroviário é intolerável. Já falei com o senhor ministro Pedro Nuno Santos e estou inteiramente solidário com ele, porque é o primeiro a reconhecer que esta situação é intolerável”, afirmou Basílio Horta.