O município de Sintra teve um aumento de 5,6% na quantidade de lixo recolhido desde o início deste ano. Este aumento é superior ao total dos últimos 4 anos.

Entre janeiro e julho, deste ano, os SMAS de Sintra recolheram mais 5 mil toneladas de lixo, um total de 94 mil toneladas, que no mesmo período de 2017. Esta subida de 5,6% é superior ao aumento dos últimos 4 anos (2013-2017) somados, período no qual já se havia verificado um aumento de 5,2%. Os dados foram revelados pelo presidente da autarquia de Sintra, Basílio Horta, na última reunião de Câmara. “Estamos perante um grande aumento dos resíduos urbanos que o município de Sintra passou a produzir, a que acresce o grave e criminoso problema da deposição ilegal de entulho. Esta situação tem causado inúmeros constrangimentos no sistema recolha, no entanto o município e os SMAS de Sintra estão a desenvolver uma estratégia e um conjunto de medidas para resolver este problema”, revelou o autarca.

Deposição de entulho ilegal tem sido um dos problemas no município de Sintra

Aumento da fiscalização, campanhas de sensibilização, reforço e transferência de competências na recolha de “monos” e verdes para as juntas de freguesia e uma nova frota de veículos pesados para a recolha dos resíduos urbanos, estão entre as medidas anunciadas. “Toda a frota de recolha de resíduos urbanos vai ser renovada com novos camiões, são mais de 40 veículos que substituem camiões, alguns deles, com mais de 20 anos”, revelou Basílio Horta. “A nova frota entra ao serviço em janeiro de 2019, num investimento repartido ao longo dos próximos 8 anos de cerca de 25 milhões de euros”, sublinhou o autarca. Os SMAS de Sintra estão também a contratar mais trabalhadores de forma a aumentar a capacidade operacional da recolha, sublinhou o presidente da Câmara.

Basílio Horta revelou também já ter agendada uma reunião onde vai reunir com todas as forças polícias no município. “A forma como é depositado o entulho junto aos nossos contentores tem de acabar e a Polícia Municipal e a nossa fiscalização, em coordenação com todas as outras forças de autoridade, vão ter um papel determinante nesta matéria”, defendeu o autarca, sublinhando ainda que “a repressão e fiscalização destes crimes ambientais vai aumentar drasticamente”.