O Bloco de Esquerda (BE) de Sintra “opõe-se ao fecho da estação Filipa de Lencastre (Belas) e, em nome do serviço público de correio e dos direitos de quem trabalha, defende o resgate para o sector público do que nunca deveria ter sido privatizado”, refere nota enviada ao SINTRA NOTÍCIAS.
Os CTT confirmam esta semana o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que prevê fechar pelo menos 22 lojas por todo o país e despedir 800 trabalhadores.
Segundo o Bloco de Esquerda, a atual estação dos CTT em Belas, no concelho de Sintra, “serve dezenas de milhares de moradores de várias zonas das uniões de Freguesias de Queluz e Belas e Massamá/Monte Abraão, bem como dezenas de empresas de Massamá Norte, Xetaria e zona industrial do Alto de Colaride”, considerando que “redireccionar estas pessoas e entidades para as estações mais próximas não é solução”, argumentando que “além das dificuldades de deslocação e perda de tempo que isso iria causar, prevê-se mais sobrecarga desses serviços que já se têm vindo a degradar desde a privatização dos CTT de 2013”.
Recorde-se, em declarações à Lusa, Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra recusou o eventual encerramento da loja dos CTT no Casal da Barota, situada na Rua D.Filipa de Lencastre, por colocar em causa o “serviço público às populações” e anunciou que vai dar conta desta posição à empresa e ao Governo.
“Isto é de uma gravidade enorme. Num momento em que estamos a abrir Lojas do Cidadão, e que estamos com uma política de aproximação aos munícipes, os CTT que têm um serviço público, fazem o contrário, fecham estações”, afirmou Basílio Horta, considerando trata-se de “uma questão de serviço público e o país não pode ficar à mercê de decisões que ignoram totalmente as necessidades das populações”, frisou o presidente da Câmara de Sintra
CTT esclarece
Num esclarecimento enviado às redações, os CTT referiram que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas “não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente”.
Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira, Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Belas/Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Porto), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Madeira).