Câmara de Sintra contra fecho de loja dos CTT no Casal da Barota

"Estamos com uma política de aproximação aos munícipes, os CTT que têm um serviço público, fazem o contrário, fecham estações", estranha Basílio Horta, considerando a decisão dos CTT de "uma gravidade enorme", anunciando que dará conta desta posição à empresa e ao Governo.

Basílio Horta. presidente da Câmara de Sintra ao lado de Pedro Brás, presidente da União de Freguesias de Massamá e Monte Abraão | Foto: CMS / arquivo

Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra recusou hoje o eventual encerramento da loja dos CTT no Casal da Barota, situada na Rua D.Filipa de Lencastre, em Belas, por colocar em causa o “serviço público às populações” e anunciou que vai dar conta desta posição à empresa e ao Governo.

“Isto é de uma gravidade enorme. Num momento em que estamos a abrir Lojas do Cidadão, e que estamos com uma política de aproximação aos munícipes, os CTT que têm um serviço público, fazem o contrário, fecham estações”, afirmou Basílio Horta (PS), à Lusa.

Como o SINTRA NOTÍCIAS avançou, os CTT apresentaram à comissão de trabalhadores uma proposta de encerramento de 22 lojas, entre as quais a o posto da Rua Filipa de Lencastre, no Casal da Barota, na união de Freguesias de Queluz e Belas, no concelho de Sintra.

“A estação que querem fechar insere-se no núcleo de Queluz-Massamá, onde vivem 80 mil pessoas, que é servido por três estações dos CTT, onde já há filas enormes”, explicou Basílio Horta, considerando que o eventual encerramento de uma loja deixará a população apenas com duas estações, “bastante afastadas uma da outra”, frisou o presidente da Câmara de Sintra.

Indignado, “isto é impossível acontecer, portanto vou propor na reunião da vereação que façamos uma carta à administração dos CTT, dizendo que não concordamos com este encerramento, para repensarem a decisão, e ao mesmo tempo pedir uma audiência urgente ao ministro da tutela, Pedro Marques”, criticou Basílio Horta, considerando que “o Governo tem de ponderar isto e, se o serviço público não estiver a ser cumprido, tem que retirar [a concessão]”, salientando que só no Casal da Barota são abrangidas “cerca de 40 mil pessoas” e outras tantas em Massamá.

 

CTT esclarece

Num esclarecimento enviado às redações, os CTT referiram que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas “não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente”.

Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira, Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Belas/Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Porto), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Madeira).