População contra encerramento dos CTT do Casal da Barota

A estação dos CTT de Massamá norte, situada na Rua D.Filipa de Lencastre vai encerrar ao público, no âmbito de um plano de reestruturação dos CTT, que confirma o fecho de 22 lojas

Os CTT confirmam o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, anunciado em meados de dezembro passado que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho, entre eles a Estação de Correios, no Casal da Barota, em Belas.

Entretanto hoje ao princípio da tarde, em declarações à Lusa, Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra recusou o eventual encerramento da loja dos CTT no Casal da Barota, situada na Rua D.Filipa de Lencastre, por colocar em causa o “serviço público às populações” e anunciou que vai dar conta desta posição à empresa e ao Governo.

“Isto é de uma gravidade enorme. Num momento em que estamos a abrir Lojas do Cidadão, e que estamos com uma política de aproximação aos munícipes, os CTT que têm um serviço público, fazem o contrário, fecham estações”, afirmou Basílio Horta,  considerando trata-se de “uma questão de serviço público e o país não pode ficar à mercê de decisões que ignoram totalmente as necessidades das populações”, frisou o presidente da Câmara de Sintra.

Plano reestruturação

O plano de reestruturação da empresa já previa o fecho de estações com menor procura, mas ainda não era conhecido o número de lojas a encerrar, já. Para o sindicalista Vítor Narciso, “esta é apenas uma primeira fase”, porque “a fase maior vem a seguir com um número muito maior de lojas encerradas e trabalhadores sem posto”, considerando que “o serviço postal só vai piorar: sem balcões e sem pessoas, a distribuição nacional dos correios não acontece”.

Na lista de estações dos CTT a encerrar, consta o posto do Casal da Barota em Belas, na União de Freguesias de Queluz e Belas, no concelho de Sintra. O anunciado encerramento da estação dos CTT da Rua Filipa de Lencastre, decisão que está a provocar “indignação” junto da população, sobretudo da idosa, que para usufruirem dos serviços que os CTT prestam, como levantar as reformas, registar cartas, levantar encomendas, etc. terão que se deslocar para bem mais longe.

CTT confirma encerramento

Num nota de esclarecimento enviado às redações, os CTT referem que “tal como já tinha sido tornado público anteriormente, e confirmam o plano de adequação da sua rede envolvendo estes 22 pontos de acesso, inseridos nos mais de 2300 existentes e dos mais de 4 mil agentes PayShop, que nesta fase ainda não tem data marcada”.

Por outro lado, os CTT consideram que o encerramento das 22 lojas “não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos (…) clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente”, garantem os CTT.

Em 19 de dezembro, os CTT anunciaram o Plano de Transformação Operacional, ou seja, um plano de reestruturação que prevê reduzir cerca de 800 pessoas na área das operações ao longo de três anos, em consequência da queda do tráfego do correio, de um total de 6.700 efetivos, dos quais 6.200 efetivos e perto de 500 contratados a termo.

Além da redução de 800 colaboradores em três anos, os CTT pretendem ainda racionalizar ativos não estratégicos (mais ou menos 30 propriedades) e ainda otimizar a cobertura da rede de lojas através da conversão de lojas em postos de correio ou fecho daquelas com pouca procura por parte dos clientes, de acordo com o plano divulgado em dezembro.

Lista de encerramento de balcões

De acordo com informação disponibilizada pela Comissão de Trabalhadores dos CTT, em causa estão os seguintes balcões: Junqueira, Avenida (Loulé); Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente, Socorro (Lisboa); Riba de Ave, Paços de Brandão (Santa Maria da Feira); Lavradio (Barreiro); Galiza (Porto); Freamunde; Filipa de Lencastre (Belas / Sintra); Olaias (Lisboa); Camarate; Calheta (Ponta Delgada); Barrosinhas (Águeda); Asprela (Porto); Areosa (Porto); Araucária (Vila Real); Alpiarça; Alferrarede; Aldeia de Paio Pires e Arco da Calheta (Madeira).

 

(Notícia atualizada às 14h52)