Trabalhadores da multinacional inglesa de cabos elétricos General Cable CelCat protestaram hoje junto à fábrica da empresa em Morelena, no concelho de Sintra, iniciando mais uma jornada de greves até sexta-feira, para reivindicar a reposição de direitos e aumentos salariais.
“Pretendemos aumentos salariais e a reposição dos direitos retirados nos últimos anos, dias de férias, horas extraordinárias e penalizações de acesso para beber café ou comer”, explicou à Lusa Luís Santos, funcionário da CelCat e dirigente do Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI), adiantando que estas práticas acontecem há três anos, desde que mudou a administração.
Também presente no protesto, o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, falou aos trabalhadores, condenando o facto de a empresa, “por tudo e por nada, levantar processos disciplinares aos trabalhadores, acabando a maior parte por cair por não ter fundamentação legal”, uma forma de intimidar e reprimir que constitui “uma atitude ilícita”.
Recorde-se que esta é a quarta greve este ano, uma paralisação de quatro horas por turno, que se mantém nos dias 24 e 25 de agosto, tendo como objetivo a reposição de direitos perdidos pelos trabalhadores nos últimos três anos e aumentos salariais.
A General Cable CelCat, que emprega 270 trabalhadores, produz cabos elétricos para transporte de energia e de telecomunicações, na maioria para exportação.