A distrital de Lisboa do PSD assumiu o processo das autárquicas em Sintra, depois de a concelhia indicar uma candidatura à assembleia municipal contra a vontade do candidato oficial do partido, Marco Almeida, à Câmara Municipal de Sintra.

“A distrital é que assume a condução do processo a partir deste momento e ainda continuamos em negociações com o CDS-PP para uma coligação” em Sintra, afirmou à Lusa o presidente da distrital de Lisboa do PSD, Miguel Pinto Luz.

O também vice-presidente da Câmara de Cascais escusou-se a adiantar mais pormenores sobre as negociações com o CDS-PP, depois de a concelhia de Sintra do partido de Assunção Cristas ter recusado coligar-se nas autárquicas deste ano com o PSD, que já aprovou como seu candidato à câmara.

“A distrital faz o que entender, nem me vou pronunciar sobre isso, nós apenas cumprimos os estatutos e indicamos os candidatos, e não é o segundo ou o terceiro, é os candidatos”, comentou a presidente da comissão política concelhia de Sintra, Paula Neves.

A actual vereadora social-democrata em Sintra disse, na quarta-feira à noite, desconhecer se a distrital de Lisboa “vai avocar o processo ou não”.

“A distrital fará o que entender, nós fizemos o que nos competia, agora julgo que a distrital irá sempre zelar pelos interesses do PSD, pelo programa do PSD e pela candidatura do PSD”, frisou Paula Neves, acrescentando que “muito mal estaria o partido se não houvesse respeito pelas bases”.

A comissão política concelhia aprovou, na terça-feira, por unanimidade, “no âmbito das suas competências, a indicação do nome de António Costa Rodrigues como cabeça de lista à Assembleia Municipal de Sintra, para as eleições autárquicas de 2017”, afirmou, em comunicado, a estrutura partidária.

A presidente da concelhia recusou que a indicação do ex-deputado António Rodrigues possa criar problemas à candidatura do antigo militante social-democrata António Capucho, já anunciado para a Assembleia Municipal pelo independente Marco Almeida.

“Não me meto em polémicas. Naturalmente que houve um contacto sobre a indicação da minha candidatura, porque sou militante em Sintra, e aceitei o convite”, afirmou António Rodrigues, que actualmente desempenha funções de membro eleito pelo parlamento no Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa.

“Isto serão listas conjuntas e será respeitado o resultado eleitoral de 2013 ao nível das diferentes formações que vão integrar esta candidatura conjunta. Portanto, o PSD está a indicar os primeiros nomes do partido, não da candidatura, como é óbvio, porque essas decido eu”, comentou à Lusa Marco Almeida.