O elevado preço, para o rendimento médio dos portugueses, no arrendamento de uma casa no centro de Lisboa está a “alastrar” aos concelho limítrofes. Sintra e Cascais são os concelhos onde as pessoas querem viver.

Numa grande reportagem publicada este domingo pelo Diário de Notícias (DN), a conclusão é clara: Nos últimos anos as rendas aumentarem em média 200 euros. A falta de oferta é apontada pelos especialistas do setor para este aumento. “Uma renda de 800 euros em alguns locais à volta de Lisboa era impensável há uns anos, mas agora também estas zonas estão mais dinâmicas e os preços subiram”, refere Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal, ouvido pelo DN.

Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), afirma ao DN que, “estamos, de facto, a verificar que há pessoas a ir para as periferias porque não há oferta de casas nas cidades e estamos a assistir a um fenómeno que é a subida dos preços nestas periferias. Mas continua a haver diferença entre aquilo que se pede de renda e o valor efetivamente concretizado. Em Lisboa e no Porto esta diferença quase não existe”.

O dirigente considera ainda que excetuando sobretudo as zonas “de Sintra e de Cascais, nas restantes periferias a procura não é por opção. Houve uma época em que as pessoas queriam ir para os concelhos à volta porque valorizavam o facto de ter uma casa nova e com áreas maiores, mas isso agora não se verifica tanto”.