“Não resta uma única ideia ou proposta mobilizadora do Congresso do PSD. Nada. Zero. Rui Rio atacou, criticou, arrasou – mas não conseguiu (ou não quis…) dizer o que faria e como faria de forma diferente.
Nem uma palavra sobre os baixos salários. Nem uma palavra sobre a legislação do Trabalho que veio facilitar e tornar mais baratos os despedimentos. Nem uma palavra sobre impostos. Nem uma palavra sobre a eternização de contratos a termo que impedem os jovens de fazerem uma vida digna e independente. Nem uma palavra sobre as carreiras “congeladas” dos trabalhadores do Estado, nomeadamente na área da Saúde. Nem uma palavra sobre transportes públicos, Escola pública, Saúde pública. Nem uma palavra sobre habitação para quem mais precisa e não tem meios para comprar ou arrendar. Nem uma palavra sobre a Europa ou o Mundo e os grandes desafios para a Humanidade como um todo. Nada…
Os verdadeiros líderes evidenciam coragem cívica, atitude positiva, apontam projetos mobilizadores, criam Esperança no futuro, ousam – e Rio é o contrário de tudo isso. Rio é a evidência de um pensamento “pequeno” e vagamente provinciano. Rio é a crítica fácil sem mostrar soluções alternativas. Rio é o quero, posso e mando de quem não tem Mundo e se acha um “estadista”.
O discurso de encerramento do Congresso do PSD foi a demonstração de tudo isto – lembramo-nos que Rio esteve a falar durante bastante tempo, mas não conseguimos recordar uma única proposta válida e mobilizadora que tenha apresentado. E um País não se transforma com base no azedume, no ressabiamento ou no populismo fácil – precisa de verdadeira liderança, precisa de horizontes alargados, precisa de medidas concretas para melhorar a Vida de pessoas concretas, precisa de mobilização dos mais jovens para romperem com a “canga” da precariedade.
Este Rio vai secar gradualmente e estou certo que nem sequer chegará ao mar já em Janeiro próximo.”
António Luís Lopes