O dstgroup, no consórcio também composto pela Fundação Aga Khan, a Câmara Municipal de Sintra, a IrRADIARE, a Card4B, a Watt Is, a Universidade de Lisboa e a International Development Norway, concluiu o Laboratório Vivo para a Descarbonização e Mitigação às Alterações Climáticas, o S.M.I.L.E. – Sintra Motion and Innovation for Low Emissions, no icónico Bairro da Tabaqueira, em Rio de Mouro, tendo poupado a emissão de 16 toneladas de dióxido de carbono.
O objetivo deste projeto foi o da promoção de ações de descarbonização, com base em experimentação de soluções tecnológicas nos eixos de economia circular, mobilidade, energia & edifícios, comunidade & arte, bem como o envolvimento dos cidadãos no processo e a dinamização das artes.
De forma integrada, o grupo empresarial entregou uma solução end-to-end para a implementação da Comunidade de Energia Renovável (CER) do S.M.I.L.E, instalando uma central de produção solar na escola Alfredo Silva, promovendo o combate à pobreza energética, abrangendo 45 habitações.
Uma plataforma na cloud, baseada em inteligência artificial, gere virtualmente toda a energia da comunidade, permitindo envolver a população na transição para uma maior independência energética no seu próprio bairro.
Os habitantes do Bairro da Tabaqueira podem agora recorrer a uma aplicação de gestão de resíduos, que incentiva a separação e o depósito correto do lixo doméstico, ligada a um sistema global de gamificação e envolvimento, que promove comunidades mais sustentáveis, através da adoção de hábitos para uma vida consciente. Ao adotar um estilo de vida sustentável, os utilizadores podem ganhar ClimaS – moeda climática que pode ser trocada por vales de descontos e promover a plantação de árvores em Sintra.
Foi também implementada uma plataforma SmartCity, que faz a analítica de todos os verticais do Laboratório Vivo e recolhe os indicadores das várias ações decorrentes no bairro, bem como os KPIs das plataformas verticais implementadas nos eixos: economia circular e ambiente, mobilidade urbana sustentável, energia e edifícios e Comunidade, Arte e Cultura.
No eixo da Comunidade, Arte e Cultura, a zet gallery e o dstgroup propuseram um programa de residências artísticas, com o objetivo de reabilitar o Bairro da Tabaqueira, através do cruzamento de diferentes áreas disciplinares, em estreita ligação à comunidade e à sua memória, essencial para a construção de um futuro sustentável.
Conseguiu-se estabelecer uma relação entre a arte e a comunidade, através de várias atividades para a consciencialização e transformação sustentável do bairro, resultando em murais que retratam os moradores, arquivos fotográficos, manuais de identificação de espécies invasoras, sistemas de irrigação artesanais, reabilitação dos canteiros e da fonte, tal como a re-imaginação da mobilidade suave, que teve como desenlace verdadeiros objetos artísticos.
O dstgroup juntamente com os membros do consórcio e habitantes do Bairro da Tabaqueira, dinamizou atividades que visaram a promoção da literacia energética e outras mais transversais, sobre a temática do digital, da mobilidade, da sustentabilidade e da sensibilização ambiental, aplicadas no S.M.I.L.E, com o intuito de ligar a comunidade ao projeto, transmitindo conhecimento e sentimento de pertença.
“Este projeto representou um enorme desafio para o teste de soluções inovadoras de descarbonização e o teste de parcerias “win-win” entre cidade e indústria. O dstgroup provou ser um parceiro de referência na entrega de soluções clean tech, com proposta de valor alargada, que não só acelera a transição verde e digital, como integra o apelo do Novo Bauhaus Europeu, através da densidade da literacia das artes para a comunidade”, mencionou Raul Bordalo Junqueiro, Head of SmartCities and Business Development, do dstgroup.
No consórcio participaram ainda a dstsolar, a innovationpoint, a mosaic – Hub de Inovação para as SmartCities do dstgroup – e a zet gallery, empresas do e marcas do dstgroup, com o apoio do programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono dos EEA Grants.
De salientar ainda que estas soluções poderão ser replicadas noutras freguesias de Sintra, mas também a nível nacional e internacional.