“O Homem sonha e a obra nasceu”, começou por dizer Basílio Horta, na cerimónia de entrega do novo Hospital de Sintra ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) “e que representa um sonho de muitos, feito por muitos e que se destina a todos”, disse o autarca.

“É uma obra fantástica ao serviço de todos”, sublinhou o autarca para dizer que “desde primeiro mandato, entendemos que a saúde seria a nossa primeira prioridade, porque é o direito dos direitos. Começámos com os centros de saúde, construímos seis e estão previstos mais três. No que diz respeito ao Hospital, escolhemos pagá-lo na totalidade. E este é um investimento perfeitamente justificado. É um Hospital sonhado por muitos e uma obra que ficará para todos. Esta obra, de construir um hospital, está ao serviço de Sintra e de Portugal”.

A Câmara de Sintra entregou ao início da tarde deste sábado, as chaves no novo equipamento de saúde ao Serviço Nacional de Saúde. O município assinou com a ULS Amadora-Sintra o contrato de constituição do direito de superfície do edifício, no Casal da Cavaleira, freguesia de Algueirão-Mem Martins, com a área coberta de 10.500 metros quadrados e descoberta de 49.000 m2.

A secretária de Estado da Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé, congratulou a autarquia de Sintra por este investimento em prol da saúde, “é com muito gosto que estou presente neste dia, que simboliza uma grande cooperação entre o governo e a autarquia”.

A cerimónia contou a presença de inúmeras personalidades, das mas diversas áreas e em particular da Saúde, como a Secretária de Estado da Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé, o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Amadora-Sintra, Luís Miguel Gouveia, Luís Pisco, da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Carla Tavares, presidente da Câmara da Amadora, Maria de Belém, ex-ministra da Saúde, presidentes da Juntas de Freguesia do concelho de Sintra e outros.

Este primeiro ato, “não é um fim completamente” porque o município ainda continuará “dono da obra até à receção total”, que deverá acontecer assim que as obras estiveram completamente concretizado, que levará à sua abertura na primeira semana de outubro.

“Agora é importante que o Governo garanta dos médicos” disse o autarca que anunciou a disponibilidade da autarquia para participar sempre que solicitada, “porque Sintra merece um olhar cuidadoso”, dispondo de uma de uma população de 385 mil pessoas, e que se divide entre o rural e o urbano, com uma grande diversidade, cultural, social e económica.

Pensativo, “Sintra há muito que necessitava de um hospital, que pudesse aliviar o Hospital Amadora-Sintra e dar melhor qualidade de serviços à nossa população e o sonho de construir o hospital nasceu assim”, disse Basílio Horta. “Mas, tivemos que o pagar e agora está concluído, com um investimento dos contribuintes perfeitamente justificado” na ordem dos 60 milhões, dos quais 52 já liquidados, destacou o autarca recebendo um longo aplauso pelo seu empenho e dedicação na concretização do “sonho”.

“O hospital começará a funcionar em outubro”

De acordo com a minuta do contrato, o direito de superfície é constituído por 50 anos, prorrogável por mais 25, e a ULS compromete-se a assegurar os encargos para “instalação e funcionamento do hospital de Sintra”, nomeadamente quanto “aos equipamentos e meios técnicos”.

A ULS, a partir da receção provisória da obra, assumirá a posição contratual “no contrato da empreitada” junto do construtor, com vista a eventuais reparações e substituições de materiais, e assumirá as cauções “destinadas a garantir a boa e regular execução das obras”, estipula o documento.

Em relação à receção da obra, Basílio Horta fez saber que “será feita no tempo próprio”, embora se admita que tudo fique resolvido até setembro, tanto mais que “o hospital começará a funcionar na primeira semana de outubro”, com “as urgências, consultas” e “dois blocos operatórios”.

A Câmara de Sintra, investiu cerca de 60 milhões de euros no equipamento, dos quais 52 milhões já pagos, na construção do novo hospital, para servir 400 mil utentes, e que “cabe ao Estado central a alocação de equipamentos e recursos humanos”.

Serviços no Hospital de Sintra

O novo hospital contará com serviço de ambulatório, consultas externas e exames, unidade de saúde mental, medicina física de reabilitação, central de colheitas e meios complementares de diagnóstico e terapêutica. .

O equipamento, segundo a autarquia, terá ainda unidade de cirurgia de ambulatório com bloco de cirurgia e recobro, serviço de urgência básica para cerca 60 mil urgências – cerca de metade das realizadas no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) –, unidade de convalescença, farmácia, unidade de esterilização e ainda um espaço para ensino e formação.

As especialidades repartem-se por anestesiologia, cardiologia, cirurgias geral, pediátrica, plástica, reconstrutiva e estética, gastrenterologia, medicina interna e física e reabilitação, neurologia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, patologia clínica, pediatria, pneumologia, psiquiatria, psiquiatria da infância e adolescência, radiologia e urologia.

Além de local para a futura construção de heliporto, o equipamento ficará preparado para ampliar as suas respostas e acessos no futuro, nomeadamente para o aumento da capacidade da unidade de cuidados continuados, atualmente com 70 camas.