Ópera "O Último Canto - Camões e o Destino" estreia no Olga Cadaval

A ópera “O Último Canto — Camões e o Destino”, com uma duração de cerca de 90 minutos, estreia-se no próximo dia 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, no Centro Olga Cadaval, em Sintra, numa récita marcada para as 17h00.

No ano em que se celebram os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões – um dos maiores, senão o maior poeta português de todos os tempos – é apresentada a ópera “O Último Canto – Camões e o Destino”.

O ponto de partida para a presente Ópera foi a surpreendente descoberta de um texto inédito em português, intitulado “Camões”, da autoria de Vassili Jukovski, dramaturgo russo do século XVIII, cuja trama dramática fornece o ambiente e o contexto perfeitos para uma criação de teatro musical.

O drama, na forma muito próximo das “Pequenas Tragédias” do grande poeta russo Alexander Pushkin, exalta a poesia e a criação como elixires da vida e alicerces da condição humana, descrevendo o encontro de um velho amigo de Camões, José de Quevedo Castelo Branco e do seu filho Vasco Quevedo – por muitos considerado o herdeiro literário de Camões – com o poeta, que se encontra já nos últimos anos de vida, esquecido por todos e abandonado à sua sorte num asilo.

A música tem como ponto de partida os paradigmas composicionais e instrumentais do século XVI – a época de Camões – logicamente inseridos num contexto atual, sendo, por essa razão, particularmente adequada a representações em espaços históricos com uma acústica ressonante.

Este espetáculo, concebido com a flexibilidade indispensável para permitir a ampla circulação a que a temática convida e proporciona, pode ser apresentado em palcos convencionais mas, também, em espaços monumentais e patrimoniais – claustros, conventos, palácios – que permitam enfatizar o enquadramento histórico da obra numa perspetiva de contextualização para que a música pretende, igualmente, contribuir.

A ópera “O Último Canto – Camões e o Destino” irá, posteriormente, ser apresentada em diversos outros locais, tais como em Tomar (Convento de Cristo), no Festival de Ópera de Óbidos, em Plasencia (Espanha), e eventualmente ainda na Batalha, em Setúbal, Almada e Santarém.

Ficha Artística:

Composição e libreto: César Viana
Direção Musical: Brian MacKay
Produção Executiva: Luís Pacheco Cunha
Encenação: Miguel Moreira
Desenho de luz: Anabela Gaspar
Figurinos / Adereços: Dino Alves

Luis Vaz de Camões (barítono) Luís Rodrigues
Francisco Quevedo (tenor) Mário Alves
Vasco Quevedo (soprano) Daniela Matos
Jau – F. Pedro Oliveira